Queria agora aproveitar a noite fria, a casa escura que (quase) todos dormem e invadir o teu espaço.
Chegar de mansinho na porta do seu quarto, abrir sem fazer alarde ou acordar latidos. Tirar o tênis e deixar no caminho, quem se importa?
Deixar o moletom em qualquer canto e te procurar entre as cobertas.
Aproveitar o seu sono pesado e arrumar delicadamente a sua cabeça no meu braço.
"Qual lado dormiremos?"
"Hoje pode ser só o seu!"
Você não acorda, mas responde ao encaixe do meu corpo no teu, das tuas pernas entrelaçadas nas minhas. Me procura e eu sorrio. Você não precisa olhar pra ter certeza, é o meu cheiro no ar.
Enquanto acalmo a minha respiração, você suspira. Será a primeira noite em que dormiremos em paz desde que permitimos reencontrar o nosso nós.
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