31.12.12

2012

Muito se falou em 2012. O que aconteceria, se e quando. E na verdade? Nada. Um dia após outro. Tudo igual. Tudo igual na vida de quem não se permitiu mudar, porque é nos dada essa oportunidade todos os dias pela manhã. Ou quinta ou domingo a noite. Vai de cada um. Nada de clichês no último dia do ano, esse lance de dizer o que foi e o que não foi. Falar ou fazer Planos? Não, obrigada, não sei sobre o dia de amanhã, quiçá sobre todos os outros. Não cabe a mim. Melhor assim, bem melhor. 

Se permite dizer o que eu acho, eu digo que o que vale desses 365 dias são as decepções que depositamos no travesseiro, as mentiras que não nos contaram e que, sem querer, descobrimos. As omissões que todo mundo acha que não dá em nada e que, meu Deus, faz toda a diferença, aqui e lá na frente, no RH final da vida. Vale a pena o choro entalado pela decepção, a não reação, o segundo do nascer de uma lágrima. E como eu chorei. Tentei por um fim. Mas o ponto não é meu. Então, o que poderia eu fazer? Chorar. Bem aventurados os que choram, pois serão consolados. Amém! 

Se não valeu os risos e conquistas? Mas claro que sim! Mas essas são as nossas obrigações, fazer valer cada minuto, pôr em prática a vitória, correr e correr e cansar e ainda assim correr. Missão dada é missão cumprida. E como vale a pena. 

Eu não virei o ano na Paulista, não vi os fogos em Copacabana e estava dormindo quando já era 2013 na Austrália. E ainda assim me sinto completa. Virei o dia com o abraço e o amor mais sincero ao som dos fogos daqui mesmo do interior. Da forma mais simples que se deve ser. Sem falsas ilusões, sem cheiros de fumaça escura da noite passada, só o odor do amor pairando no ar.
Hoje eu agradeço pelas dores que tive. Por todas as vezes que meu coração ardeu clamando por um berro que não saiu. Eu fiz questão das pessoas erradas que no final enjoaram de mim, creio eu. Agradeço por elas, sou melhor por isso. Farei opção com o coração e direcionamento, caso contrario doa a quem doer, inclusive a mim. Das pessoas que eu precisei e se foram, adeus, eu me fui também, você perceberá quando olhar pro lado e ver que de mim, só meu nome. Apelido, porque sequer meu nome você sabe.  A paz reina e eu sigo buscando o melhor. Buscando o céu. 
Eu apanhei. Mas aprendi. Eu apanhei. As crianças cresceram. Eu apanhei, mas aprendi a me maquiar. Bati o carro e apanhei por andar a pé, de bicicleta, o busão eu quis perder. Eu amei e fui massacrada. Um milhão de vezes. E um milhão de vezes eu amei.

Que os votos se renovem sim. Mas não deixe que seja sempre no último dia de cada ano e sim toda manhã. Pra 2013? Amor. Tudo vem dele. Tudo sofre, tudo crê, tudo suporta, tudo fortalece. 
Feliz Amor Novo!