31.12.12

2012

Muito se falou em 2012. O que aconteceria, se e quando. E na verdade? Nada. Um dia após outro. Tudo igual. Tudo igual na vida de quem não se permitiu mudar, porque é nos dada essa oportunidade todos os dias pela manhã. Ou quinta ou domingo a noite. Vai de cada um. Nada de clichês no último dia do ano, esse lance de dizer o que foi e o que não foi. Falar ou fazer Planos? Não, obrigada, não sei sobre o dia de amanhã, quiçá sobre todos os outros. Não cabe a mim. Melhor assim, bem melhor. 

Se permite dizer o que eu acho, eu digo que o que vale desses 365 dias são as decepções que depositamos no travesseiro, as mentiras que não nos contaram e que, sem querer, descobrimos. As omissões que todo mundo acha que não dá em nada e que, meu Deus, faz toda a diferença, aqui e lá na frente, no RH final da vida. Vale a pena o choro entalado pela decepção, a não reação, o segundo do nascer de uma lágrima. E como eu chorei. Tentei por um fim. Mas o ponto não é meu. Então, o que poderia eu fazer? Chorar. Bem aventurados os que choram, pois serão consolados. Amém! 

Se não valeu os risos e conquistas? Mas claro que sim! Mas essas são as nossas obrigações, fazer valer cada minuto, pôr em prática a vitória, correr e correr e cansar e ainda assim correr. Missão dada é missão cumprida. E como vale a pena. 

Eu não virei o ano na Paulista, não vi os fogos em Copacabana e estava dormindo quando já era 2013 na Austrália. E ainda assim me sinto completa. Virei o dia com o abraço e o amor mais sincero ao som dos fogos daqui mesmo do interior. Da forma mais simples que se deve ser. Sem falsas ilusões, sem cheiros de fumaça escura da noite passada, só o odor do amor pairando no ar.
Hoje eu agradeço pelas dores que tive. Por todas as vezes que meu coração ardeu clamando por um berro que não saiu. Eu fiz questão das pessoas erradas que no final enjoaram de mim, creio eu. Agradeço por elas, sou melhor por isso. Farei opção com o coração e direcionamento, caso contrario doa a quem doer, inclusive a mim. Das pessoas que eu precisei e se foram, adeus, eu me fui também, você perceberá quando olhar pro lado e ver que de mim, só meu nome. Apelido, porque sequer meu nome você sabe.  A paz reina e eu sigo buscando o melhor. Buscando o céu. 
Eu apanhei. Mas aprendi. Eu apanhei. As crianças cresceram. Eu apanhei, mas aprendi a me maquiar. Bati o carro e apanhei por andar a pé, de bicicleta, o busão eu quis perder. Eu amei e fui massacrada. Um milhão de vezes. E um milhão de vezes eu amei.

Que os votos se renovem sim. Mas não deixe que seja sempre no último dia de cada ano e sim toda manhã. Pra 2013? Amor. Tudo vem dele. Tudo sofre, tudo crê, tudo suporta, tudo fortalece. 
Feliz Amor Novo! 

30.8.12

Em tudo tem você

Em tudo tem você.
Na cidade multicor a sua favorita sobressai,
tempera o tempo, escorre feito sangue impactando a cena.
O que surpreende ninguém esquece.

Dos detalhes, no mínimo eu quem sei.
Do corte escamado o de cima leve desfiado faz peso sobre o liso base.
Tão forte quanto os braços, que carregam a qualquer um.

Seus lábios: no paladar uma paixão, a textura do encaixe,
o suspiro no tom me fazendo ficar.

Em tudo tem você.
Na melodia em 7+ o intervalo que me leva a ninar teu sono e,
em segredo, revelo meus vícios enquanto decoro traços seus.
Te redesenho à luz da lua.

Em tudo tem você.
Ainda que todos ocupem poucos metros quadrados,
sinto que seus olhos acompanham cada passo meu.
Pudera eu me afogar em ti
e descobrir quem deveras sou.
Em tudo sou você.

26.7.12

Think About It

Vai existir um tempo em que algumas coisas sairão do controle.
Um tempo onde palavras serão apenas palavras e gestos, estímulos involuntários.
A foto que vira lembrança,
a noite que vira dia
na festa que virou farra.

Esfriou o olhar, os desejos.
Esfriou o tempo. E você vai dizer que a culpa é minha, esquecendo, mais uma vez,
de olhar o sol que eu trouxe pra esquentar teu corpo frio da madrugada;
a água limpa pra lavar o teu cabelo respingado de qualquer grude.

Sim, seria mais fácil e indolor um beijo demorado pra te acordar, mas o convite que eu lhe faço é pra uma alegria que não desiste de você.
Desce do muro.
Vem pro chão.
Horas de sono não irão te consolar.
Think about it.

***

Pode me chamar de frio
e todos aqueles adjetivos ensaiados,
se é amor o que de fato disseste, exale-o!
Não é raiva, tampouco dor,
não vejo espaço para mais disso.
É desespero e chateação.
Te ligo mais tarde.

29.6.12

Um mundo nosso

Parece existir um mundo ao fechar daquela porta.
Como se nada mais funcionasse, como se todo o barulho do mundo fosse sanado, todo o trabalho cumprido, todos os assalariados sorrindo, todas as manifestações em acordos de paz; como se nada mais fizesse sentido, além do próprio sentido de sentir estar ali. Com você e todas as outras coisas que carregam as suas paredes: umas fotos penduradas, algumas roupas espalhadas, um armário entreaberto e eu e você. Emaranhados, perdidos no silêncio do prazer, na causa justa de quem ganhou, mas cansou de lutar. Talvez isso, que apelidamos "paz", outrora fosse sonho. "Não desista", teu peito gritava. Te agradeço hoje, da forma mais completa, por ter ficado. Por ter denominado amor, a todo tempo, o que deveras trazia consigo. Que exala na cama. Sem hora pra acabar, pois toda a pressa, o medo, o tempo contrário a ti, nada disso cabe a nós, nada além de um par de cobertas cúmplices de todo um querer. Mudou a vida. Me despeço num beijo molhado e cheirando a sexo numa porção de quero mais.

27.5.12

As palavras choram à um velho diário.
O escrivão é o meu velho e cansado coração.
De testemunhas, caneta e papel.

Choramos um sentimento dolorido, machucado, corrompido pelo tempo - pelo tempo? - sagaz e completamente delirante. Marcado por chegadas e despedidas.
Algumas partidas, alguns, puderam conferir de perto.
Porém, nem um outro notou meu coração se partir.

21.5.12

Quando a gente lê III

"Teria por ai um lugarzinho? Um lugar qualquer, me ajeito em todo 2m² pra te ter pra sempre! Sabe aquele potinho do qual você fala? Serve! Pode ser! Corre pegar ele, antes que sua cabeça mude e você não me queira na sua estante ou em cima do seu piano. Pode ser na caixinha de música também, para poder abrir quando quiser lembrar; eu danço aquela coisa ridícula na ponta do pé pra te ver sorrir.

Me pendura na bolsa, cuja a qual, você jamais desgruda ou deixa alguém tocar. Estou sujeita a tudo pra te ter por perto.

E, naquele dia, você sentou e sua mão de dedos compridos e unha bem feita deslizava sobre o piano como se fosse cetim, e eu ali sentado como um dois de paus maravilhado, às vezes servindo até como peso de papel ou como encosto pra sua cabeça e valeta pras suas lágrimas.

Era a tardezinha, o sol estava pra se pôr e, a uma hora dessas, o céu estaria fazendo um show. Você sentou no piano como de costume, o tom era pesado, seus dedos apertavam as teclas de tal forma; sua raiva era grande e você se quer me deu o sorriso de sempre antes de começar, você não percebeu, mas o piano tremeu.

Você tinha total atenção em mim e naquele dia aquela musica não era pra mim, aquelas lágrimas não eram minhas e até o seu perfume era outro.  Quebrei!"

Parte II

Tudo isso ainda é pouco.
Quase um nada pro que há de vir.
Não farei como das outras vezes, você me ensinou a encarar de frente, ainda que doa.

Faz 10 graus e a minha blusa é meia manga.
O vento invade e faz um corredor, fica mais forte e os meus cabelos não saem do lugar.
Quero cantar e não tenho voz.

Você realmente merece alguém que faça canções com melodias melhores que as minhas,
merece alguém que te leve pra jantar, te coloque pra dormir, alguém que faça isso todos os dias, que caia na rotina e, ainda assim, não perca o brilho nos olhos.
Alguém que a cada dia te acorde com um novo adjetivo, que te surpreenda numa terça à tarde com flores ou qualquer gentileza nas palavras.
Simples e leve, como o cair das folhas secas num dia cinza de outono.
Tudo bem, isso te colore. E te encanta.
E você se pega sorrindo no espelho, sem querer. Sem saber de onde vem.
Não cabe explicação.

Sigo feliz por você.
Apenas.
Por você.

Parte I

Pago com dor o preço de um crime pelo qual fui mentor.
Hoje, depois de meses, me fez falta o teu boa noite.
Não são necessárias as suas desculpas, já tem "coisas" demais por aqui, mas posso notar, ou melhor, sentir. Nos piores dias não faltou você. Hoje, algumas das suas atitudes, fizeram com que eu me perdesse.

São seis da manhã de um dia corrido. E (in)completo. Assim, entre parênteses.
Eu não quero dormir pra não compartilhar das revelações que meus sonhos trazem. Como ontem.
Como naquele dia em que eu te disse um mar de coisas e você respondeu dizendo "besteira, pára de pensar".
Talvez eu não saiba nada do mar, mas sei do que me é revelado.

"As coisas acontecerão exatamente do jeito em que eu disse que elas aconteceriam"
"Complexo"
Silêncio.

Hoje eu pedi colo de mãe logo cedo.
É mais macio para chorar.

17.5.12

Como Sempre

- Eu gosto de você mais perto
- De novo esse mesmo assunto?
- Talvez, é que eu queria entender algumas coisas te fazendo algumas perguntas, mesmo sabendo tais respostas.
- Eu não sei responder as suas perguntas, não sou bom com essas coisas.
- Só me diz se o que eu ando pensando é certo ou errado, não tem problema dizer que pra você curtição tem fim, que sei lá, é aquela fase que voltou, mas que vai passar, que vai rolar e qualquer hora você liga querendo me ver, diz um "qualquer coisa".
- Calma! Agora você me confundiu!
- Bem vindo!
- Deixa ser como sempre foi. É só isso que eu quero dizer. Do nosso jeito. Não entende errado se me faltarem as palavras. Ainda estou aqui. Cadê você?

Perto e longe. Vem e vai.
Confusão.
Queria te falar que aquela última troca de olhares congelou meu coração.
Como sempre.

14.5.12

De olhos fechados

I'm lost.
São os dizeres do quadro na parede do meu quarto. Que exala o álcool preso à mim durante a noite passada. E talvez de todas as outras noites também, o cheiro está forte. Meu cabelo fede a cigarro e eu acordei na mesma posição em que deitei. Apaguei. Não consigo lembrar de todas as coisas. Cheiro festa. Preciso ir ao banheiro, mas evito qualquer contato com o mundo ao abrir aquela porta. Por aqui é tudo escuro, a começar pelos meus olhos borrados de preto. Já é meio dia e eu não quero acordar. Minha cabeça carrega o peso de todas as culpas.

Um trago,
um gole,
fumaça e prazer;
Um spray pra esquecer,
um foda-se pro mundo,
me deixem morrer.

***

Não importa se lá fora é dia ou noite, eu não quero sair.
Não ligo se faz calor ou frio, a minha temperatura deve ser sempre a mesma.
Eu não sinto nada.
É isso! Eu tô pronto pra ir embora.
Pronto pra encarar todas as coisas que um mundo sem você pode oferecer.
Ar puro, antes que suas falas quebrem os efeitos das minhas.
Quero encarar esse azul do ceu que paira em minha janela e não esse vento forte
que sopra esfriando a alma e me faz um ser nenhum.

***
Eu saí de casa pra você.
Usando a roupa que você queria, o perfume
que você queria e maquiagem.
Cheguei na hora e trazendo as pessoas que você queria.
Eu fui pra ver você.
Estacionei na primeira fila.
Quando acabou, eu fui pra casa. Dormir.
E, de novo, o meu pedido ao pé d'ouvido foi o mesmo:
"não me decepciona".
Não pode ser verdade.
Risquei (mais) esse dia!

***

Inspirações ocultas me levam a te querer.
Menina dos olhos, na boca só o teu sorriso,
dona de si, num tamanho único cabível em qualquer frágil carícia.
Mais um gole e eu me embriago em você.
And I will...

26.4.12

Entre ventos e trovões de um dia cinza, uma música.
Uma música que não foi feita pra você, tão pouco eu quem fiz, mas uma música que me leva à você.
Apesar dos versos dizerem o contrário.
Quem chora quer ir pra lá.
Esse lá, quem dera fosse um acorde maior, desses que resultam numa canção feliz, que todo mundo sai do chão. 
O lá pode ser qualquer lugar frio que não tenha você.

Mas ele continua aqui.
Como eu. Do meu lado, talvez. Ou do seu?
Ele tem soprado algumas notas aos meus ouvidos.
Enxugo algumas lágrimas, enquanto rola a melodia.

Mas, agora o barulho da chuva abafa a sua voz quase rouca num computador 1997.
Tudo bem. Decorei suas frases; "apagar a tua marca de mim";
olho para frente, como ele, desejando o lá,
mas continuo aqui.
__

"Lá pode ter um novo amor pra eu viver 
Quem sabe, uma nova dor pra eu sentir
A droga certa vai fazer te esquecer
Vai apagar a tua marca de mim
Tudo pode estar lá...
... e eu aqui."

10.4.12

Se um dia for errado
a gente se apaixonar,
se entregar de olhos fechados a quem não sabe amar.

Qual o preço da coragem?
O quanto pode suportar, 
um amor mal acabado
que acabou de começar?

Eu preciso de um tempo pra mostrar que aqui dentro
coração bate por ti.
E que nem um momento, tanto sentimento, se perdeu de mim.

E um dia eu escrevi 
"guardo tudo que for teu,
pra que não falte nada,
pra que não falte você.".

SP 348


No meio da serra não há nada.
No meio do nada só bate o vento.
Eu escrevi uma letra que não é uma canção, me falta estrutura para conitinuar.
No alto, as nuvens rabiscam o zul do céu de branco.
Agora é aquela hora em que eu falo besteiras e você rebate perguntando quantos anos eu tenho.

Ninguém ao lado.

Já se foram 100km e eu ainda não sei qual BR me leva até você.
Retorno a 500m.
Saída a 2km.
Me põe na sua rota,
escreve no meu céu.

4.4.12

Quem, além de você?


Queria invadir o teu espaço, a tua mente, pelas suas veias descobrir exatamente o que sente.
"Será que você ainda pensa em mim?", me diz, Leoni, "me leve pra qualquer lado; mentiras sinceras me interessam" de agora em diante.
Pedir ajuda a quem se nos cercamos no "apenas eu e você", mas me diz, agora, "o que faço eu da vida sem você?". Nem Caetano obteve respostas. Pobre de mim.

As frases dos últimos dias não combinam com você.
O último fim de semana não combina com o nosso.
Coração endurecido, olhar fixo, ora para baixo, ora para qualquer lado que não fosse o meu.
"Tô com sono".
Esse sono tem nome, eu já vi isso acontecer, mas não quero perguntar. Saio do quarto pra que você ganhe um pouco mais de tempo. O qual prefere gastar fingindo adormecer para espanar a dor, porque sabe que tão logo ela não se vai. Eu ajeito algumas coisas pela sala e cozinha. Não há muito o que fazer. É sábado e...
"Posso deitar?"
"Faz o que você quiser" - engoli seco, confesso. Respiro fundo, me ajeito e nada...
"Se você não falar comigo direito, eu vou embora"
"Faz o que você quiser", dessa vez encarando o meu olhar.

Eu nada tenho a fazer que nem do lugar eu sou capaz de sair, te pego a força trinta segundos depois e enfrento:
"Me fala o que tá acontecendo, a gente precisa conversar"
"Eu não aguento mais" - uma onda de lágrimas alaga o teu olhar. No instante entre buscar fôlego e fazer parar de tremer a voz, ela escorre. Nem uma lágrima fui capaz de deter.
Você soluça. Eu sigo atônito. Digo que vai ficar tudo bem, mas nisso você também não acredita mais. Na ânsia do ódio você repete todas as falhas desde o começo até agora. Peso todos os quilos, nessa hora. Peço pelo amor de Deus, e, pelo amor de todos os outros santos que eu nem acredito, que você pare, mas as minhas palavras soam mudas pra você. Palavras que um dia foram "gírias do seu vocabulário".
Você cai. Meu colo vira apoio pro desespero que suas lágrimas carregam...

Hoje, segunda-feira, já não consigo sentir que você me ama mais cada vez que me odeia. Está completamente vulnerável a qualquer um que te der um abraço mais confortável, qualquer um que conte uma piada nova que te faça sorrir de um jeito diferente, que te olhe mais desesperadamente, que te faça canções, poesias, que lhe escreva dedicatórias na capa de um livro; declarações públicas de afeto; alguém que dê sentido às suas frases desconexas; um beijo inexplicável à espera da sua total entrega. Só assim, "quando mais tarde me procures", saberá que era exatamente disso que precisava o teu coração. De cuidado. De amor de verdade. E não essa bolsa cheia de coisas desnecessárias que você carrega nas costas.

Agora você muda a casa, o quarto, a trilha sonora, toda a sua agenda, se refaz, troca roupa, maquiagem, celular; sai andando de mãos dadas com Caetano Veloso, assoviando a melodia de "só vou gostar de quem gosta de mim".

Quanto à mim...
não sei as horas, que dia é hoje,
se faz chuva ou sol,
"meu amor, cadê você
eu acordei não tem ninguém ao lado"

12.3.12

Feliz Aniversário, Razão

Ontem fui dormir com a sensação de estar esquecendo de algo. Não sei, mas era algo e eu estava esquecendo. Hoje, pela manhã, fui lembrada. Esses lembretes de aniversário não falham mesmo, não é? Para ser bem sincera, eu não sei se era isso. Mas, se não for, agora é.

É seu aniversário! E eu estou indignada com esse meu silêncio todo. Vai ser um pouco incômodo essa sua foto o tempo todo no canto da minha página. Isso rouba a minha atenção. E me faz pensar.
Me faz pensar que eu poderia ter te tirado da cama com um sorriso enorme e uma cesta gigantesca, cheia de coisas que lambuzam a mão. Poderia ter esperado, ansiosamente, pela zero hora e ser a primeira ligação da noite. No dia em que é teu. Desculpa, eu nem lembrei. Talvez você tenha esperado. Talvez não. Mas é que algumas coisas mudaram por aqui e...
Eu poderia tirar o dia de folga e desenhar um novo dia pra você. Te levar presentes, mudar o guarda roupa todo. Colocar, novamente, a casa toda em ordem. Limpar a sujeira. Bater todo esse pó que te cerca. Mas é que eu ando cansada dessa faxina. Eu deixo tudo em ordem, acerto cada passo, viro as costas e você deixa tudo fora do lugar, outra vez. Eu escolho um corte, você vai lá e passa a máquina. Tá dando choque, repara. Ninguém vive assim.
Eu poderia ter escrito um livro, enumerando todas as loucuras que eu já fiz por você. Grandes chances de um best seller e isso te pararia por algumas horas, já que o "me ler" você pratica muito bem. Em casa ou pelo celular, tanto faz. Mas tá travado. Eu já escrevi essa página e acabei de virar todas as outras. Comecei outro. Não se assuste. Tudo está bem. E eu não saí dessa para ser igual àqueles que procuram. Eu encontrei. Logo de cara. E sou feliz. É que não dá pra te explicar tudo, não assim, tão rapidamente. Em algumas coisas você não crê e desse jeito fica mais difícil porque é a base. Então não compensa o esforço. De novo. Resumindo: alguém que me quer ininterruptamente.

Eu quis te dar, todos os dias, uma nova vida. Não uma capa pra essa velha que você tem. Uma vida mesmo! Uma manhã de sol no parque, uma cama no frio, um coração verdadeiro. E, ao contrário do que todos diziam, não era a minha visão que estava tampada. Isso é cuidado. É gostar, sim, de alguém. É bater na mesma tecla por um tempo. Mas é cuidar. Eu não desisti, que fique claro isso pra você. Eu cansei. Qualquer hora eu sei que você vai voltar. E vai voltar exausto. E cairá.

Não chore. O dia é teu. Vai curtir. Sai logo da cama e faz tudo que tem vontade. Tudo em dobro. Do jeito que você gosta. Exagerado.O dia é longo e a noite chega em seguida. Não se desespere. Quem sabe um sinal antes do dia terminar. Quem sabe.

Feliz Aniversário, Razão.

Radio edit


Foi um dia quente, de trabalho, começou cedo e ainda não terminou. Isso quase nunca acontece. Não sou das caminhadas, mas, sabe aquele dia em que você toma banho e procura por ar fresco? 
A reunião de terça à noite é sempre bem rápida. E produtiva em demasia. Por isso, as terças eu caminho. Reflito e falo. Comigo. E com Deus. Eu poderia, naquela noite, ter escolhido qualquer rua. Não haveria subidas, a cidade é plana e rasa nessa região, logo, sem cansaço. Todos os caminhos me levariam ao mesmo lugar: minha casa. Menos um como pude notar, mais tarde. Talvez, por isso, o tenha escolhido. Sem saber. Sem pensar. 
Quando dei por mim era a sua rua. Poucos quarteirões da sua casa. Entre uma arrumada e outra no cabelo – ventava fresco – avistei a tua janela. Acesa! 

Eu sorri, mas foi um pouco incômodo. Todos os quarteirões a seguir foram de olhar cravado para cima. Cozinha, quarto e banheiro, tudo aceso. Já não me preocupava mais o caminhar ou o atravessar de alguma rua. Qualquer buzina me detém. Deus é que anda no controle das coisas. Ele me trouxe aqui. A essa altura, não há dúvidas. Há uma luz de solidão. Essas janelas abertas gritam por socorro. Penso te ver. Confundo algo no parapeito da lavanderia que faz anexo com a cozinha, poderia ser o teu semblante. Estou no meio da rua e não é você. Minha vista anda mal. Ainda mais no escuro. Que solidão. É verão. Tem tanta gente nas ruas e você assim. Isso não combina com você. De uma vez por todas, não combina. Quem dera eu pudesse fazer alguma coisa. Quem dera? Eu vou fazer! É isso!
Engraçado, alguém decidiu isso por mim. O instante do “será?” dura 3 segundos, apenas e, a certeza, quando vem do coração, não há como negar.

Pronto! Era só disso que eu precisava. E você também.
Contato feito sem (con)tato. 

Os quarteirões que faltavam até em casa, você conseguiria ver nitidamente lá de cima. Não olhei pra trás. Segui na caminhada. Atravessei e agradeci. E voltei a refletir. E a conversar. Agora mais intimamente. Sobre você. Se eu pudesse continuar diria que isso é amor. O qual você não conhece. Não esse. Não assim. Que chega de repente e toma por completo. Na verdade, o meu abraço falaria muito mais coisas. E eu entenderia suas lágrimas sem você nada dizer.
Inexplicável, eu sei.

Não vou dizer agora tudo o que tenho e/ou gostaria de dizer, quero, devagar, acompanhar o abrir desses olhos para um novo dia dentro de você. Sem, sei lá, esse negócio que te atrapalha e eu não sei o que é. Esse azul merece mais. Mais sorriso. Mais verdade. Mais carinho. Mais amor. De novo. Quero dia-dia pra não enjoar, você de mim, porque eu jamais me enjoaria de você. Ainda mais agora. Te inclui de vez nas minhas orações. Vai ficar tudo bem e, lá no final, não precisa me agradecer. A gente conversa. Eu te explico. Você entende.

Já estou a poucos passos de casa e preciso escrever. Essas palavras são pra você. A lua cheia também. Repara, você tá mais perto do céu. Mas, talvez já estejas dormindo, o amanhã te espera de braços abertos.
Eu volto a sorrir antes, também, de me deitar. Fiz a prova. E as pazes com você.


22.2.12

Amor doentio

- Eu vou te esquecer com outra pessoa.
- Eu me mato. Faz isso e eu não penso duas vezes em tirar a minha vida, sem você saber de nada!
- Sua ameaça não me atinge, cresce e chama a minha atenção de outro jeito.
- Quer saber? Eu não vou fazer isso, posso me matar aos poucos, mas de uma vez machuca e não resolve. Você tem razão, outra vez. Procura o que eu tenho com você em outras pessoas, faz ser perfeito assim, faz aguentarem, prova e escolhe o melhor beijo. Passa na frente do meu prédio e não procura o meu andar, esquece como abre o portão, esquece a cor do meu quarto, a temperatura da minha cama, esquece como e onde ficam as coisas na cozinha. Vai viver sem pensar que um dia você viveu a minha vida daquele jeito. E me deixa.
Notícia ruim chega rápido.

Sobre trair

Traição é algo inesperado. Mesmo com todas as desconfianças, você não espera que o outro seja capaz, de fato, da traição. Mesmo porque ele carrega uma parte de você dentro dele. Até que acontece na sua frente, ou melhor, nas suas costas. Traição é algo frio, sem sentido. Traição é quando, no meio da noite, só um fala:

- Porque você me traiu? Você disse que me amava ontem. Você me ligou 5 minutos depois que me deixou em casa pra dizer que estava com saudades. E disse de novo, eu te amo. Quase um mantra. E você me traiu. O mesmo beijo não pode servir a duas bocas. Aprendi tanto com você. Me ensina a sair dessa, agora. As horas passam pra que eu te esqueça e não mais pra que você volte pra casa. Aliás, pra casa é o último lugar que eu quero que você volte. Me ensinar a te encarar de novo. Como é que faz pra não negar um abraço teu? Olha bem pra mim e me responde o porque de tudo isso estar acontecendo. Foi impulso? Bebedeira? Faltou o que? Porque falta de amor e carinho não foi. Eu separei os melhores beijos, os melhores dias, todas as horas, fiz parar de chover e não consigo te reconhecer em meio a essas atitudes. Pensando bem, não diz nada não. Nenhum argumento vai preencher esse negócio que está dentro de mim. Negócio, porque não encontrei definição pra isso. Arrisco apatia, falta de reação, morte interior, decepção. E ainda não é isso.
Não tenta nada. Não me pede nada. E não me olha assim. Me dá espaço pra eu lembrar como se respira. E pra todas as outras coisas que você possa vir a dizer, já lhe digo de antemão: eu só lamento.
Se cuida.


14.2.12

O quanto

Como era o você antes do meu eu te atormentar?
Quem sou eu depois de você chegar?
Qual era a cor do teu olhar e que vazio (sobre)carregava o teu sorriso?
Qual é a cor do teu cabelo? Deixa ele liso para o vento não se confundir. Deixa que ele leva o pó da tristeza. Que também foi embora depois que eu cheguei.

Te vi crescer anos em meses.
Quantos sou de mim?
Quantos são de você?
E juntos? Somos quantos?

Antes de você chegar era menos as perguntas. E mesmo aquelas sem respostas, eram fáceis de responder. Hoje é silêncio. Que não é sim. Nem não. É o teu olhar pra baixo e minha mão te impedindo de atravessar a calçada. O choro é o beijo. Que mutuamente pedimos que não acabe.

Quem somos nós?
Somos amizade, respeito, luta, força, coragem pairando sob uma nuvem de poeira, neblina e concreto. Somos o aprendizado, a evolução e o equilibrio, num laço que se dá no desejo, no fogo, na paixão. Somos o abraço, a saudade, a despedida, a chegada, o pouco e o tudo. Menos o nada. A vida sonhada, quase vivida. Somos o quase iluminados por um feixe de luz que é o amor.
O teu amor.

Que amor é esse? - me pergunto.
Tudo suporta - você responde.
Engulo gilete - você continua, e ainda assim transbordo em paixão.

Hoje eu choro. Isso foi depois de você.
Não há mal nenhum, não é mesmo?
Você até se expressa de uma maneira melhor. Depois de mim, aprendeu a falar.
E você se entrega.
E eu volto a me questionar:
Quanto disso passa
E quanto ainda vai ficar?

17.1.12

Aí vem você me ligando às 5e20 da manhã, bêbado, cheirando à outra que acabou de chegar e implorando pela minha presença.
- Amanhã, sem hora pra acabar.
- Me espera?
- Não vou dormir.

Tortura

Quero chorar. Meu peito guarda uma sensação estranha.
Um arrepio. Não é angústia. É dor.
O arrepio vem da dor que deveras sente.
Vertigem. Ânsia.
Um respirar fundo que carrega o soluço de uma alma que clama por um tanto de paz. 
Já se somam todos os dias. E não perde intensidade.
Faça isso, como estou vendo agora, entregue-se nos braços de outro alguém, enquanto abasteço essa imensa dor física que chamo de "teu amor".

13.1.12

- E o que eu faço com tudo isso?
- Cospe na boca de alguém.
Beija qualquer um e deixa lá.

11.1.12

Amor em Desespero

Sou eu que sempre tudo diz.
E só assisti o teu silêncio.
Mas era eu dar as costas pra você se desesperar.
E sair falando tudo.

- Eu te amo. Amo tudo em você. O teu ciúme, os teus defeitos, o seu tempo pra troca de marchas no seu carro, teu som, teu sorriso de canto de boca, tudo. O tudo inclui o todo que vem com você.
Eu não quis. Mas não deu pra ser diferente. Meu coração é tolo. E frágil. Estou entregue.

E você acabava dizendo coisas no contexto errado.
- Eu estou indo embora. Isso deveria ter sido dito há meses. Claro que não, pode falar. Tira isso de dentro de você.

E nada.
Era o meu olhar te calando outra vez.
Aí o desespero era meu. Você choraria em poucos segundos e eu estava no instante entre a fala e a lágrima. Que seria única. E arrastaria todas as outras. O esforço para limpá-las seria nulo.
Recomecei.

- Todas as minhas frases até aqui começaram com eu te amo; virou clichê. Você já sabe. Já sentiu. Até chorei dizendo que te amava. Mas agora eu queria acordar em outro ano, em outra vida, onde você fosse apenas uma brisa que bate no rosto e logo vai embora, só um perfume sereno, uma lua grande no céu.
Eu não queria mesmo esse seu cheiro dentro de mim. Não queria o meu ciúme. Não queria o arrumar do seu cabelo meio olhando de baixo, meia cabeça inclinada. Como alguém que imagina um espelho em qualquer lugar.
Quantas vezes eu servi o teu reflexo?
Enquanto espelho, sei de todos os gestos que te completam. Os que passam despercebidos eu decorei. Quer casar comigo? Eu não suporto a ideia de estar e ser longe, a ideia de te perder,  a ideia de outro alguém.

- Chega -, é essa a sua defesa.
- Vai, pode ir. Tá tudo bem. E o que eu acho já não importa mais -, e essa a tua insistência.
- Não me procura - a minha proposta.

Durmo à meia-noite. Você perde o sono às duas. Eu acordo às nove com você chorando frases pelo meu celular.

- O nó na garganta o dia todo. A angústia dando nó no peito. Eu já não dormi bem a noite passada, lembrei disso hoje, antes de deitar. Procurei na cama o que faltava, olhei pro lado e tudo certo: são três travesseiros e um cobertor, tudo no lugar. Abri o guarda roupa e tirei o presente de Natal que eu tinha enterrado. Junto com o teu cheiro. Eu tentei, mas nele dormi soluçando outra vez, antes que você pergunte.

São nove da manhã do outro dia. Ainda chove porque ainda é verão.
E o frio ainda insiste fora de época.
Tá cinza.
E como dói.

10.1.12

Eu te conheci e já tinha um outro alguém.
Por isso não me importa as outras camas em que dormes.
No levantar vais voltar pra mim.
Virei amigo da dor.

9.1.12

Tem coisas que só eu sei sobre mim.
E a verdade é que eu penso demais.


Vou de Machado de Assis.

Chuva de verão

Gosto do verão porque chove. Só.
Por que deveria ser frio. Cinza.
Quase pálido.
Mas é chuva de verão que é feito vento fresco no sertão.
Hoje me senti mais velho.
Agora o Pêlo, o dono do bar, frequenta o próprio (ex) bar.
no meu tempo não era assim.
Como é pequena essa cidade!
E quão velho nós estamos!
Parece que daqui eu vejo as coisas mais de fora. Atravessei a rua. Tô na outra esquina.
Talvez tudo isso seja fruto da minha imaginação, afinal, tudo é gerado primeiro no pensamento.
Eu não li as teorias, tenho base própria. O coração.
Com ele posso sentir e viver.

7.1.12

Amanheceu

É verão e faz frio.
Chove, como pede a estação.
Essa noite eu não dormi e ainda assim acordei chorando.


Coisas inexplicáveis tem acontecido.

6.1.12

O dia em que eu parei em você

Não precisei de trinta segundos para ter um fim de tarde completo. Não era o céu, não eram as nuvens, nem a garoa fina que tanto me faz delirar, era mais. Abri o carro, aumentei o som, número ímpar de volume, escolhi o óculos que combinava com a ocasião de simplesmente voltar pra casa, manias.
Engatei a primeira, segunda, dobrei a esquina, era pare. Algo do outro lado da rua me chamou atenção, poderia ter sido um acidente, meus olhos poderiam ter buscados outros ângulos, mas, inexplicavelmente, fizeram o cruzamento a 15° do teu olhar.
Sabe riso? Incontido? Você me viu. Não disfarçou. E riu também.
Felicidade explícita a meio metro da reciprocidade. Pena uma cena dessas não ter espectadores. Ficou pra nós. Como sempre. Mais uma vez.
Vou guardar feito foto na memória o dia em que na primeira equina eu parei em você.
Eu sei que eu não tenho o dom pra te fazer mudar, mas tenho a força certa pra te fazer acreditar que é possível. Senta. Pode sim acender um cigarro e tomar uma breja, como você diz. Eu vou dizendo e você me ouve, mas por favor, presta atenção.Entre um trago e outro alguma palavra há de surtir efeito nessa nuvem de fumaça que habita tua cabeça.

- Sabe, eu não sei porque você vive assim, ou melhor, insiste em viver. É um mundo imundo. Deus te fez perfeito: graça, carisma, carinho, carência e com um par de olhos que tantos dariam fardos e fardos de breja (pra falar a tua língua) para ter. Te fez homem forte, alto, diferente, te deu dom e nem pra lapidar e levar a sério você serviu. Preferiu a perna pra tirar som.
Ficou com o nada.
Priorizou a rua.
O vento na cara que a liberdade provoca.
E esqueceu de si. Um milhão de vezes.
Não me canso de dizer. 

Se perdeu na loucura e me encontrou saindo dela.e me pediu pra ficar quando ameacei ir embora. Pediu pra esperar uma, duas, inúmeras vezes. Eu fraquejei e nunca fui de verdade. Mas ainda não é hora do beijo.
Você corre porque gosta de me ver de longe, diz que prefere meu beijo depois da saudade. Quando dá tempo de dizer. O nosso tempo é escasso. Você me beija e se declara. E ri.

Hoje eu trombei nesse seu sorriso que ocupa um quarteirão. Pode ser sorriso pra quem vê de fora, mas só a gente sabe quão gargalhada foi por dentro. Em plena sintonia. Ainda. Ainda sem falar nos entendemos. Ora sorriso, ora olhar. Ora saudade, ora beijo.
De alguma maneira você vem pra ficar. Irritantemente perturbador.
O que é que você tem?

- Te respondo com um beijo.
Te ver já não é mais como antes.
E hoje eu estourei o som ouvindo a sua música preferida.
Eu chorei, só que ao contrário.
I
É isso que me barra. Ontem você estava aqui me jurando amor, dando base aos planos, de mãos dadas comigo. Agora você ri como se não houvesse nada. Nunca. Algo zero pra você. Sem valor.
E eu lá quero saber de carinho?
Não sobrou nada aí dentro, não esconde. Por favor.
Já vive feliz em um outro alguém que eu sei. Me tornei história pra contar. Nos tornamos, não é mesmo?
Foi assim com um.
Será assim com dois.
Ainda não dá pra recomeçar.

II
Ainda continua a chamar minha atenção.
Já foi. Não vi. Esperei. 
O nosso nada ficou por aqui, vagando.
Virou pétala seca que a gente guarda em meio de livro.
Pedaço especial

Quando a gente lê II

"Preciso me tratar pra parar de querer você só pra mim. 
Só fico bem com você por perto.
Chega a me dar desespero e vontade de chorar em ficar muito tempo longe.
Promete que não vai deixar nem o tempo nem a distância mudar tudo isso?" 

Setembro/2010

Ano Novo de novo

Virou o ano, mas não virou a vida. Janeiro férias, Fevereiro carnaval. 
Vida nova lá pra Março, regime depois de Abril. 
Tudo igual.
Aspen em Junho, Julho Disney. 
O vento forte levou pra Agosto, bom em Salvador que também ficou pra trás.
Setembro quase fim.
Outubro o mais legal. 
Novembro meio termo, quase tudo pro Natal.
Em Dezembro tudo é meia noite. 

Alguns (sobre)vivem assim. 
Outros correm atrás.
É ano novo de novo.