6.12.16

Sabe o que eu queria?

Eu corro pra fugir dos clichês. 
Não te alcanço, mas esbarro num olhar aqui e outro, quem sabe, lá. 
Entre um pódio e outro, talvez. 
Talvez se você chegasse em outra hora. 
Ou eu que estou, de novo, atrasada?
Fiquei pra trás, mas me sinto como quem corre e não se cansa. Por isso insisto e gosto do jogo. 
Talvez tenha te inventado. 
Talvez um pouco mais no plural. 
Talvez um pouco mais de coragem. 
Talvez na hora H.
Quem sabe?

Esse lance da verdade me encanta. 
São poucos assim, tome nota e não mude. 
Ainda existem loucos espalhados querendo sim um sabor de sinceridade numa aventura que eu chamo de "e se". 

Eu e essa minha mania de traduzir entre vírgulas e suposições o que me faz querer ficar. Ou voar. Quem sabe um dia, pela contramão eu te alcance e a medalha seja minha e a comemoração nossa. 

Mas na verdade, sabe o que eu queria?
Te deixar sem palavras e calar toda essa vontade de uma vez por todas. 

25.5.16

Sobre o Nada - Parte 2

Do íntimo ao escuro.
Do proibido ao acontecer.
Cartão vermelho.

As pessoas não se revelam,
nós é que decidimos por enxergar pelo
outro lado do muro.
E isso é bom!
Aprendi.
Tempo de respostas.
(In)felizmente algumas tantas são você.

Assunto pra uma outra hora.

Eu optei por te levar para casa.
Você não quis.
Eu optei por ainda assim te levar para o altar.
Você negou.
Queimou a última opção;
eu desisti.

Não sei lidar.

Eu sei, preguiça outra vez.
Vou lembrar!
Anotado na alma.

Sentirei saudades.

Sobre o Nada - Parte I

Olha pra mim.
No fundo do meu olho.
Cheio de lágrimas.

Aonde eu errei?
O que foi que eu fiz de errado dessa vez?
Afinal, eu vivo errando, não é mesmo?
"Ultrapassando limites", não é assim que você diz?

"Você tira a minha paz."
E você a minha desde que resolveu chegar.
1x1

Mas que bom que era, Aurora.
Só não sei onde foi que trombamos
a bifurcação e viramos para lados opostos.
Às vezes acho que não dá mais.
Ou que, sinceramente, tá acabando.

Como eu sei?
Eu sinto.
E lá vai você dizer que eu sou louco.

Dou meia volta e encontro você tentando fazer com que tudo fique bem.

Acabou a preguiça.
Mas imagina não dizer?
Se dizendo já está difícil...

Logo eu que sinto três vezes mais.
E você sabe!
"céloco"

Quão longe você está?
Lembra daquele texto onde discurso sobre espelhos?
Não me espanta se disser que não;
já não vejo nada lá na frente.

"Uma pena você não ter ido"
"Com certeza!"
Sem desafios na hora do lazer.

Carrego no garrancho da caneta nova
o cuidado com as palavras.
Mas sabe o que me veio à mente?
Eu só machuquei por estar machucado.
Tipo instinto.

Deixemos no plural.
Sem culpados na terceira pessoa.

Engraçado assistir o (re)postar das suas fotos.
Ver o quanto ainda há de mim por aí, vagando feito
sombra em gravura branco e preto,
sem (você) saber o que fazer.

Decidiu gritar aos quatro cantos,
na tentativa da voz cobrir o choro,
mas "Dindi, se tu soubesse como machuca,
não amaria mais ninguém"

9.5.16

Para ler ouvindo Sentimental - Los Hermanos

A boca fala do que está cheio o coração.
Ou você emudeceu.
Ou ainda me sobram palavras.
Silêncio emocional.

Te leio enquanto você recupera.
Eu alcanço e é já que aperta o passo.
Aproveita que a sua energia está em potencial
e me explica o porque de vibrar tão perto assim.

Desculpa, assim como Rodrigo Amarante,
eu também me perdi no pensar e sentir.

26.4.16

Eu fui pra esquecer e o amor se mudou pra lá.
Todos os lugares em que não reconheci,
os olhares que não te refiz e agora a vida me dá um nó.

Esse relógio marcava as horas em que eu contava pra te esquecer.
Tu agora posas ao lado como num filme branco e preto.
Deus deu o start e já andou cinco casas a frente.
Eu nem lancei os dados.

Olha lá, as voltas que a vida dá!
E tu nem sabe.
Ah dindi, se tu soubesse.

22.4.16

Se eu tivesse que descrever o dia de hoje eu não precisaria.
Meu sorriso diria. Meu olhar gritaria.
E todo esse tempo cravado num beijo rápido.
Com medo.
Quase secreto.
E tem tanto de você aqui.
E você nem sabe. Ou sabe.

Mas hoje a certeza. A aventura.
O beijo. O concreto. Ainda que quatro menino correndo, mas ainda nós.
Meu peito explodiu like a fireworks. Lembra dessa festa?
Nossa música. Que saudade.
Não sei amanhã.
Só sei de agora e o agora grita como há 8 anos:
VEM!

Eu te quero.
E eu te quero agora.
Tudo que estava preso se soltou.
Só vem.
Vem?
Te espero.

20.4.16

Menina

Brisa na Lua, menina
que amanhã é dia de te ver cantar.
Enxuga a lágrima, menina
que um novo dia vai raiar.

Enquanto a Lua sorri e seu coração despedaça,
eu preparo o luau e te espero para o jantar.
Vinho tinto, vestido de preto,
janela aberta pro brilho entrar.
Sinto pena dele, confesso, pois quando você chegar...

Ninguém brilha como tu, menina.
A luz do seu sorriso ofusca o dia.
E durante a noite faz reinar.

Acredite, menina
não precisa de bilhetes, só tenha coragem.
A força vem da luz.
Que só você tem.
Menina.

8.4.16

Eu não quero saber. Quero sentir.

Sabe porque tanta briga?
Apesar de quando um não querer?
Porque mais gostoso é a reconciliação.
É a volta pra casa.
Sabe onde você se sente à vontade?
Lá!
No abraço sincero e verdadeiro.

E o melhor é que os laços não são mais físicos,
já são espirituais. E isso torna tudo muito mais especial.
Não sei, me faltam palavras.

Uma vez ouvi que quanto mais indiferenças,
mais semelhantes somos.
Nos reconhecemos.
Irmãos de alma.
E pra completar, ouvi também que só insiste quem acredita.

Se eu acredito?
Pergunta pra você!
Eu não quero saber.
Quero sentir.

E amor é único.
É de pai, mão, irmão e amigo.
Se algum laço foi desfeito, talvez tenha batido um vento.
Quem acrescenta não descarta-se como um três de paus.
Mesmo no xeque-mate.

No nosso jogo não é matar ou morrer.
É só espiritualidade. Aprendizado e recomeço.
Não há de haver melhor lugar.
Me entende?
Entendi.

Te gosto.
E tô aqui.

6.4.16

Hey!

Eu me rasgo, dou piruetas, falo sobre assuntos difíceis que todo cientista adora (e que eu passei o dia todo lendo) só para chamar a sua atenção.
Percebe?
Percebo.
Assim como percebo que algo está errado.
E silêncio é saudade gritando.
Me entende?
Entendo.
Mas não compreendo.

Aquele lance de toda hora parecer que é você
quem vai abrir a porta fica esquisito quando sou eu
quem abro e já sei que lá está você.
Nesses transtornos eu fico meio sei lá.
Fora do ar. Vidro trincado. Pode estourar.
Tipo na primeira vez, a gente nunca sabe onde colocar a mão.

Mas aí o balanço da sua cabeça lá de dentro,
meio de longe e o sorriso aproximando meio que ajeitando o cabelo,
quebra o gelo. Do coração.
Saio bambeando as pernas.
Me seguro no olhar.
respiro fundo e volto.

Atravesso em meio às nuvens de poeira
pensando na próxima frase de efeito
que faça sua atenção durar um pouco mais que 5km.

22.2.16

Há tempo

Há tempo para todas as cosas.
E para todas as coisas há tempo.
Há tempo até para o tempo que, muitas vezes, tem de esperar.
Que dirá eu.
Há muito o que mudar e o mistério é se há mesmo tempo para tudo em uma só vida.
Ou existem outras necessárias?

Banalizaram as informações, esfriaram o amor e eu insisto em querer lidar com sentimentos.
"Sentimentalismo feminino", disse um amigo meu.
"Estilo de vida" - rebato.
"Coisa de maluco", diriam.

A felicidade é um estilo de vida -, confesso.
Assim como aquela calça apertada e a blusa rasgada de sempre.
Foda-se!
Estilo de vida.
Há cuidados ao redor. Sorrisos protetores e braços acolhedores.
Carinho.
"Gente do bem"
Estilo de vida também!

O corpo pode gritar pelas mudanças,
o coração receber o calor, a boca não saber o que soar,
mas o Onisciente de tudo sabe. E quanto à isso não há como negar.
Deixo que sussurre ao meu ouvido o caminho, a verdade e a vida.
Afinal, é preciso estar sozinho para sair da ilha e ver como é bela a paisagem lá fora.

Sorrir e bastar.
Ainda que seja um sentimento qualquer.
Ainda é amor.

12.2.16

Eu não suporto te ver assim.
Online à meia noite me faz crer que a insônia não é só pra mim.
E que nada, mas nada mesmo, vai bem.
Olho um contato, procuro outro;
em busca de chegar à alguma conclusão de que:
"com quem é que você tanto conversa?"
Se é que seria papo ou ainda uma conversa visualizada (re-lida) muitas vezes.

Não seria melhor um abraço?
Daqueles bem apertados, cheio de saudades?
Mas aí penso: "e se esse abraço não fosse o meu?"
E se essas horas de (in)sono não fossem por mim?

Sinto dor.
Enxergo de fora e cada vez mais é dor.
Porque entendo a aflição do amor e ela só passa depois que a gente chora.
Depois que para de arder. É igual estrada indo para o mar.
Depois do morro já dá pra enxergar aquele azul que faz parar a respiração e se une ao céu.

Não necessário.
Porém, preciso.
Entre um lance de energia e agradecimento.
Você deve saber do que falo.

Uma foto trocada no perfil e meu coração dispara.
Pra quem é que foi isso senão pra mim?
Tá querendo "provar" o que?
Sinto necessidade de respostas, mas porque na solidão?
Enlouqueço.

Amar não é fácil.
De longe, mais difícil ainda.
Mas veja o tanto que nos faz forte e instruídos.
Sorriria por mais três dias e dessa vez não seria pelo teu olhar.
E sim pelo meu.
Ainda que solitário.
No entanto, vívido.
Talvez contente.
Quem sabe esperando aquele seu assim, meio de canto, que me faz delirar.

Desligo a luz e a imaginação toma conta.
Logo ao nascer do dia vem um renovo.
Que comece por mim e aqueça você.

"Boa noite" é o que consigo dizer.
Existem muitas outras coisas a serem ditas.
Deixa assim. No sentir.
Eu gosto.
Mas não sei lidar.

19.1.16

#transbordeamor

Todo mundo fala de amor.
Sobre amor.
Poucas pessoas sabem amar.

Ame!

O amor transcende todo e qualquer entendimento.
O amor é simples.
Sabe aquele abraço de saudade?
Isso é amor.
O choro do noivo ao dizer sim?
Amor.
A alegria da chegada e o desespero na partida?
Amor de novo.
Chocolate na TPM?
Amor, óbvio!

Amor é isso com sabor de Nutella.
O amor não dorme, porém o sorriso que dás ao ver
o seu amor dormindo é Amor outra vez.
#transbordeamor

As pessoas falam de amor.
Mas elas esqueceram o que é.

6.1.16

Como quem?

Como quem nega quem sempre teve tanto para dar.
Como quem nega quem sempre esteve ali parar amar.
Como quem nega cada segundo de suspiro.
E suor.

Cada foto.

Como quem nega quem sempre ensinou.
Como negar?

Como se nega quem viveu anos pro amor.
Como nega?

Como lidar?