Você não sabe o quanto eu tenho sofrido.
Ou sabe.
Por vezes confundo o seu Whatsapp com o meu Notepad e
extraio palavras a seu favor que expressam
o quão bem não estou.
Você não sabe o quão eu tenho chorado.
E isso, realmente não sabe.
Há exatos quatro meses e dois dias eu não choro
a nossa ausência na sua presença.
Você não sabe o quanto eu tenho gritado por dentro
a dor de uma ferida aberta num ponto entorpecido por falsos remédios
Tortura delirante.
Você não sabe como o mundo me tem feito alusões à teu nome.
Como ando de olhos fechado pelas cidades (do mundo) para não ver cada muro de concreto ostentando o teu sorriso perfeito se quem,
sem jeito, acabou de chegar.
Não, você não sabe.
Você não sabe quanto tristeza se instalou
desde que me mandou pular do seu andar.
Quanto grito ecoa aos quatro cantos de mim,
por você não ter olhado para trás para verificar se,
ao menos dessa vez, eu teria realizado o desejo do seu ódio.
E acabado com tudo de uma vez.
Não.
Você respirou fundo,
devorou o choro e
caiu em sono.
O riso mente,
os ósculos escuros escondem.
As passagens revelam:
Eu ando fugindo,
me escondendo,
negando a mim mesmo.
Você sabe,
mas eu não quero acreditar.
(...)
17.7.14
Da série de 3
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