24.5.11

Da série depoimentos

Sempre me pediu por serenatas.
Em 10 anos eu não fui capaz de fazer.
Anteontem deixamos alguma coisa no ar... pra "quando acontecer".

O problema é que eu levei a sério.
Você riu e talvez tenha começado a fazer a próxima coisa da lista "To Do"
Nesse tempo eu coloquei 10 anos em 6 meses.
Um belo preparo.
"Tô quase. Mas tô bem".

Ontem não deu tempo de te encontrar.
"Faltou a gente se ver" - acontece.

O pior é que eu não sei como explicar pra saudade que a culpa não foi minha.
"Tá bom, eu dou um jeito"

Mais um ano.
Mais preparo.
Mais seis meses.
E a promessa de uma serenata.
Só uma bastava, mas eu tinha que acertar.
Aquela.

Mas sempre tem a hora que tudo é sei lá.
"Eaí, você vem?"
"Sei lá"

E nessa você passou.
Ou eu vazei.
Tentei, pelo menos.

Ainda batia lá no fundo, a certeza de que não tinha como você me decepcionar.
Ainda valia a pena suportar o tudo que vinha com você.

I do.
Eu me rendo. E tudo se transforma em sim.
Foi a vida que voltou.

Você mais uma vez se explicando, meio sem tempo.
Tá vendo como é verdade esse lance de sentimento?
Se for real o outro lado também sente.

E aí que eu preparei uma seleção pra serenata.
Fiz mais. Fiz a minha própria com ajuda de uns amigos seresteiros também.
Tem uma foto.
Talvez você ria e me entenda de vez.

(Com a "serenata" estava pregado um bilhete: achei melhor deixar minha boca longe dessa sua cara de surpresa. Fiz pra você "a nossa serenata")


22.5.11

Para os amigos

O melhor de encontrar velhos amigos é voce continuar com a certeza de que eles nao mudam.
As mesmas manias, os choros com os mesmos motivos, os sonhos.
Tudo igual.
O que grita é a indiginacao.
O tempo, traicoiero, passou rápido demais.

Empresa, viagens, amigos, e algumas baladas.
Alguns são ricos de fato. Outros sonham.
E como sonham. Querem ganhar o mundo.
Alguns deboxam.
Tudo se acerta com o tempo. Aí, o tempo de novo.

Eu acho que amigo deveria morar tudo na mesma rua.
Nem todos amigos por completo, mas aqueles que, em alguma hora, de algum dia, você vai sentir saudade. Esses, que você tá pensando agora.

E você ri soavemente.
"qualquer lugar, qualquer coisa, eu estou com vocês.
So isso importa" -, alguem grita com a cabeca pra fora do carro.

Isso é vida.
Faça um teste.
Sextas-feiras guardam as melhores histórias.
Com os melhores amigos.

E aí você anda mais um pouco
e alguns mudam.
E você se decepciona. Fica meio mudo.
Fora de hora.
E vai embora sem entender. Com menos um amigo dentro de você.
Tá cada vez mais dificil. E eu perdendo - você pensa.

Os que ficaram ja deram as mãos.
Estamos mais fortes. Só permanecerá quem realmente possuir um papel fundamental.
E você sabe, porque o gostar é tanto, que dá vontade de chorar te abraçando.
O coração berra.

Aproveite.
Descubra-se, meu amigo.
Eu te amo.

14.5.11

Às vezes vem uma vontade incontrolável de sair falando tudo o que a gente pensa.
Assim sem se importar com o que as pessoas vão dizer.

Elas vão gostar.
É pra elas e sobre elas que eu quero contar.
Existe uma trilha sonora que rege a gente.
Sem ela fica difícil. As notas por si só não serão suficientes.

Mas valerão a pena.
Pode apostar.

11.5.11

Volto porque é você

Eu não sei porque acabo sempre voltando pra você.

Não sei se é por causa desse seu olho baixo, como quem quer passar despercebido.
Ou se é a cara que você faz quando te faço chacota.
"ps.: aquela minha risada amarela", você escreveu no último email reclamando do chefe.

Não sei se é a saudade da sua calma me negando uma discussão.
Saudade até daquela primeira e última briga , onde você, já cansado de tanto soluçar, pedia pelo amor de Deus pra eu parar de dizer aquelas coisas, por que você não seria forte o bastante pra suportar mais nenhum segundo.
Ficamos abraçados 2h no silêncio depois disso.

Reclama do salto. Do peito. Da bunda.
Mas não tira o olho.
Com você estou em paz. Ando sorrindo em caminhos mais elevados.
Alguém pra abraçar. Chamar de meu. Aprender. E amar.

É por isso que eu volto, mesmo sem nunca ter ido de vez: quando eu olho pro lado eu já não vejo mais lugar nenhum sobrando.

10.5.11

Saudade I

Ando sofrendo com essa saudade.
Eu não sei se é saudade de verdade.
Acho que já é amor. É algo parecido com o que eu já senti antes.
Só que mais forte.

Dá mais vontade ainda de te ver.
E aí vem esse negócio estranho dentro do peito.
Você diz que não sabe o que fazer.

Pensei em te ligar, mas hoje não é um bom dia.
É dia das mães e você mora fora.
Hoje é dia da sua saudade.

Você corre pra cama fria carregando nos braços a sua foto preferida e chora.
O peito tá apertado.
Olhar a foto se confunde com enxugar as lágrimas.
Você ri, enquanto chora.
Mas sabe que amanhã tudo vai ficar bem.
É só controlar.

- Algumas coisas a gente não controla -, responde em tom de defesa.
- Era exatamente aí que eu queria chegar.

Dali pra frente ficou mais fácil me entender.