Tô triste. É um desabafo.
Eu não queria ter feito tudo aquilo. Não queria ter falado o que eu falei.
E não penso, eu tomo posso e (re)ajo. Errado. Eu sei. Não precisa nem me dizer.
Eu tô sentindo.
Desde ontem essa porra dessa dor no meu peito, esse choque que me dá por dentro só de pensar em tudo o que foi dito. E não bastando eu vou lá e releio. Vejo você se transformar e tomar postura para domar um leão e colocar dentro de uma redoma de vidro.
intocável.
(In)quebrável.
Frágil.
Me perdoa.
Acordei as 4 da manhã sem sono e olhando fixamente para um ponto.
O meu celular. E me perguntando porque.
Eu me perdi?
Você se perdeu?
O que aconteceu de errado?
Não estava certo até aqui?
Não era de cuidados que falávamos?
E, de repente, você vomita verdades que entram como faca e agora ficam aqui ecoando.
Muda-se o tom de voz, muda-se a postura, os cuidados e as palavras.
Pesa.
E ainda assim eu peço pra você ficar.
Ainda que em silêncio.
A conversa de ontem não combina com os planos da conversa passada:
"Pela idealização que você pode ter criado" - criamos
"Invasão"
"Falta de respeito"
"Você não me deixa em paz"
Tudo ao contrário do que sempre disse. Quem acordou com medo fui eu. Com tudo isso aí na mente. E ainda assim buscando me perdoar e tentando arrumar uma maneira de apagar ou saber lidar com isso. Virou sentimento. Eu disse. Não age como se nunca tivéssemos falado sobre isso. Como se nunca tivéssemos feito promessas de uma vida melhor.
Eu surtei porque queria te ver.
E vou surtar por não poder ter abraçar.
E despedaçar mais um pouquinho a cada indiferença.
Tá doendo.
E eu só queria ser forte e respirar fundo no seu sorriso.
Eu sei que depois que inventaram a desculpa ficou tudo mais fácil.
Por isso uso o perdão. Vai mais pro-fundo.
Não sei se desisto de mim ou de você.
Faz parar de sangrar?
Enxuga num abraço?
É tudo verdade o que está aqui. Eu não quero te assustar, eu não quero moer mais do que somos moídos.
Não tem graça sem você.
Não tem graça cantar e doer.
Graça tem quando você alcança as notas e sabe os acordes da música.
Quando se empolga e dança enquanto canta.
Isso era paz, lembra?
Me perdoa.
Atravessa a rua.
E volta a ser você?
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