2.6.15

Te gosto

Sabe, eu sou tão profundo. Tão intenso que qualquer atenção vira amor.
Entendo você, suas dores, seus pensamentos e momentos. 
Me envolvi e não sei como sair daqui.
Não sei se saio, se fico, se te espero, se deixo na mão do destino. Sei lá, destino às vezes brinca com a gente e eu não gosto disso. Eu me dôo demais e tropeço em mim mesmo e me machuco sabendo o chão que eu piso. Eu sei que você não pode falar muitas coisas e esse silêncio me cutuca, abre ferida que eu não quero cultivar.

Mas "cada vez que eu fujo eu me aproximo mais e te perder de vista assim é ruim demais" e eu já não sei o que fazer. Se nem você sabe... O meu desejo era o seu sim por completo, pois meio eu já tenho e penso duas vezes antes de me aproximar de qualquer pessoa que não seja você. Difícil.
E de novo, o clichê: "Quem disse que seria fácil?" 
É...
Desculpa pelo bem ou mal que causei. Se doer mais do que aqui nem minha voz posso deixar você ouvir. Não quero brigas causadas, quero paz. Mas também quero amor, vontades e desejos correspondidos carnalmente. Você me equilibra e isso me faz bem. Difícil ser o lado oculto quando meu peito quer gritar. Mais difícil ainda saber que não pode guardar nada do que escrevo, só no coração, se couber.

Estou transbordando.
E cheguei no ponto do medo.
Não diz "vamos conversar".
Não vamos.
Foda.

Algumas coincidências me assustam.
Custa não pensar.
Meu silêncio fala mais quando encontra com os seus olhos.
Talvez só assim nos entenderemos.
Não quero passar a vida sem você, mas se pesar, eu vou embora.
Sem cobrar. Sem nada. Só vou.
Se for pra ficar, eu fico. Se for pra voltar, eu volto.
Mas cada ato é teu.
Cada música é pra você.
Cada pensamento, cada nota e melodia.
Você me fez sentir o que eu jamais ousei sentir novamente.
Desculpa ser assim. Estou aqui, mas não sei até quando posso aguentar.
Te gosto. Eu não gosto de ser o irrevelado, mas por você eu posso ser.
É como se eu soubesse onde isso acaba e não é só na cama.

Sei que lê uma, duas, três vezes até marcar no coração porque há tempos ninguém te diz o que eu digo. Ninguém te balança como eu balanço. Ninguém gira no teu compasso e faz as horas dobrarem para você ter o seu próprio tempo. Isso não é conquista, é desabafo. É amor transbordando.
É te dar o céu e carregar a lua fotografada por mim num pingente pendurado no teu peito. Único. Exclusivo. Seu!

Deixa escorrer essas lágrimas enquanto esse sorriso toma conta de você; e aí você não sabe se chora de dor ou de vontade. Te entendo. Novamente. O pior? Não ser o meu querer.
Se fosse, a cama com lençóis e edredom brancos estariam lisos à espera por esse seu corpo cansado pronto para um abraço que te esperou o dia (quem dirá a vida) inteiro.
O meu pedido? Vem!
Eu cuido do mal, do medo, do desapego, do quebrado.
Sou eu quem mais entende disso depois de Drummond ou Fernando Pessoa.
Confia. Se joga.

Um sim pro nós.

Nenhum comentário: