6.12.11

Eu nunca consegui entender a parte que o amor faz mal.
Ou eu não sei amar ou não sei mesmo lidar com a dor.
Lembrar dói, deixar dói, gostar dói, ciúme dói.
Não beijar dói e parar de beijar também.
Distância e saudade, bom, deixa pra lá.

Que amor é esse? Que tipo de amor é esse?
Carrego um amor que fala pelo olhar, tão simples, tão puro e tão fora de moda.
Um amor que não é pra mim. Mas que funciona. Não dói. Eu acho.
Do outro lado, um amor que pulsa e transborda desejo, paixão.
Qual a diferença mesmo entre amar e estar apaixonado?
Confusão e dor, responderia.

Esquece.

Sabe, não me procura, não faz nada.
Não passa na rua da minha casa, não desvia teu foco.
Não procura meu carro entre os outros na sua avenida.
Não me faz falar em público sobre mim. O nosso nó tá na garganta, de castigo, pensando em tudo em que ele fez. Ele existe sim. Mas tá dolorido. E rola um medo de sair tanta coisa ruim da minha boca nesse momento que eu prefiro não dizer. Nada.
Não entende errado, isso também já aconteceu com você.
As coisas não mudam rapidamente por dentro da gente, mas elas mudam. E viram prioridades.
As minhas todas estão como cartas de baralho enfileiradas na mesa. Preciso definir uma ordem, escolher um começo pra ver no que vai dar no final.
Devagar, sem dor.

"Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead"

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