20.12.11

Quando a gente lê

"E se tudo corresse pra longe? Assim, sem tempo de alcançar? E se nada fosse verdadeiro? Concreto. E se tudo o que você espera jamais chegasse? Pois é, o dia amanheceu cinza e da minha sacada mal se vê o sol a oeste. Tudo bem são só nove horas da manhã, quem sabe a meio dia o sol não aparece. Estou de férias mas resolvi acordar cedo, aproveitarei o dia cinza pra refletir o sentido das cores. Entro e me deparo com a parede vermelha do meu quarto, o vermelho meio vivo e meio queimado, talvez represente o "inside", coisas que só o subconsciente entenderia.
Corro pra cozinha preta e branca, talvez pense que seja um pouco demodê, afinal de contas, ninguém cozinha mais como antigamente. Na sala, uma parede coberta de pedras rústicas, brutas num tom nudi pra quebrar total o gelo da parede e do verde musgo do sofá. Chego no escritório em um tom amarelo bebe e olho nos olhos azuis piscina da minha mãe que, quando um pouco zangados, ficam verdes, assim, como um oceano poluído. Volto pra sacada e percebo que o sol ainda não apareceu para mim, desito das cores e volto a dormir. Meio tonta, acordando sem hora, volto pra sacada e percebo o sol a leste, tom do cinza foi quebrado e o laranja meio avermelhado tomou conta de parte do céu, perdi o dia e alguns sentidos de cores."

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