Eu me rasgo, dou piruetas, falo sobre assuntos difíceis que todo cientista adora (e que eu passei o dia todo lendo) só para chamar a sua atenção.
Percebe?
Percebo.
Assim como percebo que algo está errado.
E silêncio é saudade gritando.
Me entende?
Entendo.
Mas não compreendo.
Aquele lance de toda hora parecer que é você
quem vai abrir a porta fica esquisito quando sou eu
quem abro e já sei que lá está você.
Nesses transtornos eu fico meio sei lá.
Fora do ar. Vidro trincado. Pode estourar.
Tipo na primeira vez, a gente nunca sabe onde colocar a mão.
Mas aí o balanço da sua cabeça lá de dentro,
meio de longe e o sorriso aproximando meio que ajeitando o cabelo,
quebra o gelo. Do coração.
Saio bambeando as pernas.
Me seguro no olhar.
respiro fundo e volto.
Atravesso em meio às nuvens de poeira
pensando na próxima frase de efeito
que faça sua atenção durar um pouco mais que 5km.
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