12.2.16

Eu não suporto te ver assim.
Online à meia noite me faz crer que a insônia não é só pra mim.
E que nada, mas nada mesmo, vai bem.
Olho um contato, procuro outro;
em busca de chegar à alguma conclusão de que:
"com quem é que você tanto conversa?"
Se é que seria papo ou ainda uma conversa visualizada (re-lida) muitas vezes.

Não seria melhor um abraço?
Daqueles bem apertados, cheio de saudades?
Mas aí penso: "e se esse abraço não fosse o meu?"
E se essas horas de (in)sono não fossem por mim?

Sinto dor.
Enxergo de fora e cada vez mais é dor.
Porque entendo a aflição do amor e ela só passa depois que a gente chora.
Depois que para de arder. É igual estrada indo para o mar.
Depois do morro já dá pra enxergar aquele azul que faz parar a respiração e se une ao céu.

Não necessário.
Porém, preciso.
Entre um lance de energia e agradecimento.
Você deve saber do que falo.

Uma foto trocada no perfil e meu coração dispara.
Pra quem é que foi isso senão pra mim?
Tá querendo "provar" o que?
Sinto necessidade de respostas, mas porque na solidão?
Enlouqueço.

Amar não é fácil.
De longe, mais difícil ainda.
Mas veja o tanto que nos faz forte e instruídos.
Sorriria por mais três dias e dessa vez não seria pelo teu olhar.
E sim pelo meu.
Ainda que solitário.
No entanto, vívido.
Talvez contente.
Quem sabe esperando aquele seu assim, meio de canto, que me faz delirar.

Desligo a luz e a imaginação toma conta.
Logo ao nascer do dia vem um renovo.
Que comece por mim e aqueça você.

"Boa noite" é o que consigo dizer.
Existem muitas outras coisas a serem ditas.
Deixa assim. No sentir.
Eu gosto.
Mas não sei lidar.

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