7.7.15

Hoje foi o primeiro dia em que cantei pra você dormir e tu nem sabe. Ou sabe. Não sei quantos poucos metros nos separam e eu poderia ligar o amplificador e deixar a voz mais rouca com o frio que faz lá fora. Você ia acabar dizendo que não seria necessário e que acabaria pegando um resfriado. Mas, se eu quisesse, tudo bem! E ah! Não era sua responsabilidade! Ok, eu não durmo, morei em Londres e amo frio. Já que a voz é rouca que seja por completo! Teimosa, vai retrucar.
E vê se não perde o tom, vai dar um toque meio que mandando, não é mesmo?
Você acha que os vizinhos ligariam?
Ou se juntariam a mim se soubessem que é por amor que eu canto?
Difícil.
Mas vizinhos servem para que mesmo?
Faz vinte e nove anos e eu cruzei com você umas duas vezes até 4 meses atrás.
No mundo de hoje as pessoas não se notam.
Não se tocam.
Se amam de longe pelo medo do novo.
O famoso trocar o certo pelo duvidoso, sabe?
Sabe.

Queria juntar todos os sotaques em uma música só.
Traduzir o "sexy" sem ser vulgar e invadir o seu cobertor. Já que "ser o seu cobertor" ficou muito clichê. E eu estou a fim de coisas que surpreendam.
Edredom?
Você riu, não disfarça que eu sei.
Sei das coisas.

Sei o bem que faz.
O vazio que fica.
O dia que muda.
O vento que sopra trazendo sua gargalhada aqui pro quintal.
É só, sei lá, fechar os olhos e tudo está aqui.
Pronto.
Só falta acordar e te ver do meu lado.
Sorrindo pra mim.

É um presente.
Sem manual e que eu não faço a mínima ideia de como desfazer o laço.
Talvez não se desfaça.
Sei que há tempo para todas as coisas.
E a nossa hora vai chegar.
Com vinho, trilha sonora, uma cama bem quentinha e um sorriso idiota no rosto.

Próxima etapa: aprender acordes em 7+ enquanto eu te devoro sem a ajuda do Djavan.
Quero te dar meu "everything" para que você seja o meu "forever" com sotaques britânicos.
Be mine.

Não tenta entender.
Só vem.
Não é perigoso a gente ser feliz se já existem alguns desastres na sua mão.
Te gosto.

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