6.1.12

O dia em que eu parei em você

Não precisei de trinta segundos para ter um fim de tarde completo. Não era o céu, não eram as nuvens, nem a garoa fina que tanto me faz delirar, era mais. Abri o carro, aumentei o som, número ímpar de volume, escolhi o óculos que combinava com a ocasião de simplesmente voltar pra casa, manias.
Engatei a primeira, segunda, dobrei a esquina, era pare. Algo do outro lado da rua me chamou atenção, poderia ter sido um acidente, meus olhos poderiam ter buscados outros ângulos, mas, inexplicavelmente, fizeram o cruzamento a 15° do teu olhar.
Sabe riso? Incontido? Você me viu. Não disfarçou. E riu também.
Felicidade explícita a meio metro da reciprocidade. Pena uma cena dessas não ter espectadores. Ficou pra nós. Como sempre. Mais uma vez.
Vou guardar feito foto na memória o dia em que na primeira equina eu parei em você.

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