22.4.11

O encontro

O ar que preenchia aquela noite era forte e do peso exato para espantar a ansiedade.
Enfim o encontro das almas. Um abraço apertado e saudoso que poderia durar a eternidade se não fosse a timidez embriagada.

- Você pode não acreditar, dizer que essa tática com você não vai rolar, mas já estou pulando essa parte. Guarde as velhas palavras e se tente às próximas que virão: estou completamente apaixonado por você - bem assim, de sopetão.

Ela tentou desviar com um leve sorriso no rosto e foi interrompida.

- Olha pra mim.
Ali foram cruzados anos, o encontro definitivo, se encontraram vidas, almas e tudo que vem ou deriva da paixão.
Continuou.

- Seis meses desde aquele dia e a sua imagem não sai do plano de fundo dos meus olhos. Nenhuma promessa fora feita. Esquece aquele lance de vidas divididas, não complica, só vem.

O silêncio ganhou força e foi deixado que todo o resto falasse mais alto.
O coração gritava de felicidade.

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