Queria uma casa no alto
28.4.10
a noite passada
Queria uma casa no alto
24.4.10
Um de nós
16.4.10
O que chamo de amor
11.4.10
11 de abril
7.4.10
5.4.10
O hoje
O ontem...
Pra onde foi toda aquela doçura que você mostrava ao falar? Em que labirinto se perdeu todas aquelas palavras de carinho? Há quantas milhas você se fez distante de mim? Calma. Não adianta abaixar a cabeça e fingir que nada aconteceu. Fechar os olhos e fingir não me ver. É difícil, eu sei. Imagino o esforço que tem de ser feito pra se mostrar tão forte na frente dos outros quando a sua vontade é me encarar, me olhar nos olhos e, sem dizer nada, deixar que um abraço conserte o estrago feito por duas crianças que não souberam brincar.
Imagino também, como deve ser difícil deixar esse orgulho de lado e dizer que sente saudades. Que quando escuta essa ou aquela canção ainda ri das coreografias imitadas e que ainda é capaz de lembrar como se fosse ontem. Como era bom viver nas ilusões, na vida que nós inventávamos. O mundo podia ser do jeito em que a gente quisesse, bastava só fechar os olhos.
Em que lugar se escondeu aquele sorriso que só você sabia dar? O que aconteceu com você? Aonde você se escondeu? Por que isso que eu vejo não foi o que eu conheci. Isso é uma casca, uma armadura usada pra me evitar.
Olha pra você. Quem são esses outros que te cercam? Pessoas quaisquer que você procurou pra preencher um vazio. Pra que, me diz?
Se é difícil pra mim?
Claro que é.
É difícil não poder dividir com você todas as coisas boas que andam acontecendo; é difícil desviar o olhar, fingir que não estamos no mesmo lugar, fingir que eu não te conheço. É bem difícil. E se o tempo é quem cura tudo, eu já estou me acostumando, você acreditando ou não, aqueles braços abertos ainda te esperam, mas cada passo em falso fecham-se um pouco mais.
O tempo tá acabando... só você não se deu conta disso.
Cegou-se de orgulho, de infantilidade. Tá imunda numa pessoa que você nunca foi. Um alguém coberto de certezas que não existem e nunca irão existir. E a solidão te acompanha mais uma vez. Só que agora, como da primeira vez, eu não vou me fazer presente pra te ajudar.
Pensa nisso.