Para ler ouvindo: Nelly Furtado - I'm like a bird (claro).
"Entra"
"Entra"
Com a mesma intensidade do "vai embora".
Eu tive pouco tempo pra dizer o muito que precisava.
Todos os nossos jeitos opostos, a sua calmaria que atropelava tamanha intensidade.
E me fazia respirar.
E rapidamente o meu olhar te seguindo e o seu sorriso (me) fazendo girar.
Vontade de algo que quase foi meu.
Foi.
E o "meu" ficou.
Ficou essa saudade da sua voz cansada depois de um dia e meio de trabalho me colocando pra dormir às 4 da manhã. "Eu posso acordar tarde. Estou no teu fuso".
Essa saudade dos seus medos por ser longe, eu ter o mundo e você morar na mesmice.
Ficou o desejo de saber que era além das 13'' do meu computador que o meu abraço alcançava. Mesmo sentindo o seu perfume no último olhar quando, delicadamente, pediu meu telefone.
Quem não sabia de nada era eu e não qualquer outro inocente.
Eu não sabia que traria o sono e sonhos, novos prazeres;
que me mostraria (seu) mundo e não só parte dele.
Que me faria te ensinar como dar os primeiros passos para que, na vida real, pudéssemos construir um 'nós'.
Mas havia um céu, uma estrada e duas pedras que ainda carregávamos pelo caminho.
Eu me perdi.
Você voltou.
Eu cuidei.
Você assustou.
Aceita, esquece e vai embora".
Acabou o curativo pra alma.
Pessoa certa na hora errada - existe isso?
Eu me acostumo com as tuas manias e você dança conforme a minha voz no teu ouvido até descarregar a bateria.
Ficou o gosto. O amor do verão europeu.
Eu te esperei,
sigo no teu fuso,
só me fala o horário.
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