8.9.13

Para Que Você Entenda

Entenda, eu posso apagar o passado, como também posso ir embora descumprindo a promessa do pra sempre. Não é mais um lance de coragem. É opção. Eu quero ficar! Mesmo com todas as consequências que isso traz. A mim. E só a mim. E, pra usar da sinceridade, eu te faria chorar. E, fora nos momentos abusivos da raiva, esse nunca foi o meu desejo. Você choraria duas, três horas, uma noite, dois meses, talvez um ano, não sei, ou não. Mas prefiro acreditar que sim. Não é bengala pra fortalecer, é questão de hábito. E de saber exatamente como você reage a cada situação.

Sabe o que é?
Eu sobreviveria de lapsos lá na frente. Seria o maior erro de todos sair e não ter você ao lado. E eu achando que depois daquele carnaval não haveria dor maior. Tolice. A dor seria, se já não for imensurável. Dor que cala, sabe? Eu sei que sim. E eu não quero isso. Duas metades tão iguais, com encaixes tão perfeitos quanto um quebra-cabeça de três mil peças feito quadro na parede, uma harmonia completa perdida por aí, descompassada. Não faz sentido.
Sem-ti-do(r).

Se dá pra ser diferente?
Não.
É amor desde o primeiro momento.
Amor da vida. E só existe um.
Não existem culpas. Nem culpados.
Desculpa.
Passou e não passa. Um poeta sempre sabe o que fica e quando escreve é por saudade.
Soluço da alma. E chora em parágrafos, parafraseando histórias.
Como essa.
Como a nossa.

Portanto, entenda.
O "ainda"pode durar anos quando vem de um pretérito completamente perfeito: você!

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