11.7.11

O amor como vento

É como se tivesse deixado escapar por entre os dedos.
Foi esmagado pelo vento que passou.
Ventania.

É como se tivesse deixado de ser o que sempre foi.
Nada. Que vira pó. E vai com o vento.
Com ventania.

Mas é como se fosse novo todo dia.
Vai e volta. E nunca pára no mesmo lugar.
Uma bagunça. Que você não sabe (mais) controlar.
Perdeu o controle.
Como numa ventania.

Às vezes demora pra chegar.
Tem gente que sente falta. Tem gente que tem medo.
Tem gente que se esconde que é pra nem se aproximar.
E tem gente que pára o mundo pra ver chegar.
A ventania.

Mas algumas folhas ficam pelo chão.
Como quem fica pra trás. Vagando.
Esperando de novo acontecer. Pra se entregar.
Se envolver. Deixar levar pra onde for o vento.
Porque é mágico sentir força, se encontrar, fechar os olhos e sentir o vento.
Só sentir. Se muito forte sai lágrimas dos olhos. E você ainda ri.
Uma aventura pelos ares. Surreal.
Como ventanias.

Mas agora já falo de amor.

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