Ele não é do tipo que me atrai à primeira vista.
Aliás, a última coisa que eu faria era me sentir atraída por ele.
Mas ele jogou forte.
Logo eu que sou chegada a perfumes caros e vinho do bom e ele com uma caixa inteira de cerveja dentro da barriga
Mas ele soube falar.
E falou tão bem.
Ou será que os outros é que não souberam falar?
Logo eu que gosto de jantar em restaurantes caros, onde o falar é o de menos.
E logo ele que não pode.
Mas ele tenta. Tenta todos os dias e sabe que não é em vão.
Justo comigo que nunca fui muito de tentar e acabei perdendo a cabeça.
E sabe de uma coisa? Não tô afim de olha pra trás e ver aonde é que ela foi parar.
Tá gostoso assim. Perigoso assim.
Mas ele gosta de correr perigo. Deve ser o tipo que manda flores.
Justo ele que não leva o menor jeito para príncipe. Ou eu que andei imaginando cavalos alados, príncipes encantados, castelos, princesas... eu... PÁRA!
Parei.
Mas ele me fez sentir tão perto.
Tão perto do proibido, do rotulado, do que pode nunca acontecer.
Mas ele faz planos, laça enredos e eu entrei de vez na sua história.
Pobre de mim que lacei ele no meu conto também.
Eu faço, ele adora.
Eu surto, ele ignora.
Eu durmo, ele vai embora. Corre pra outros braços, se perde em outras bocas e eu arrisco a dizer
que é pra me esquecer. Tô boba.
Mas ele não quer me esquecer.
Mergulho no sono pensando que amanhã cedo já é hora de te ter.
Eu não sei, mas ele sente.
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