12.7.09

no adress

Eu queria poder te dizer que toda vez em que eu fecho os olhos vejo você.
Te falar que depois de alguns anos eu reaprendi a gostar de alguém. Pensar. Lembrar.
E você nem sabe.
E eu não sei como fazer pra que você veja. Mas sente, eu sei.
O perto me agrada, o longe é que não me favorece. Talvez seja essa mania besta de querer sempre mais. Na tua loucura não te conheço e sigo a imaginar. A casa, os amigos, eu e você.

Eu precisava contar que o teu silêncio me conforta e fazer parte dele é maravilhoso, mas não sei por
onde começo, me perco ao te observar. Não quero te assustar e me afasto na ânsia de que você se aproxime. Te machucar também não quero.
Saiba que eu também tenho medos e sentimentos frustrados e claro, segurança nunca foi meu forte. Sofrer já foi.
Mudo a vida, recolho palavras, esqueço de mim mesmo pra tudo ser assim, do jeito que você imaginou. Sem me tocar eu sinto quando teu olhar encontra o meu e disso, e só disso, você sabe.

Queria sair dizendo como pode ser tão completo, até parece que sabia dos meus sonhos. E aqueles seus defeitos se tornaram apaixonantes no meu ponto de vista. É o oposto e muito me atrai.
Não sei dar nome pro que sinto, talvez nem exista ou não caiba ainda em nenhuma classificação, mas chega a ser confortavelmente instigante.
Você, sem querer, misteriosamente me prendeu.

Encerro certa em dizer que não tenho pressa, conheço o jogo e as cartas já foram lançadas à espera de um começo.
E que o meu seja com você.

Ps.: E se algo der errado não existe culpado. Não nos permitimos julgar.

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