Se algum dia eu parasse para escrever sobre nós, pensaria em algo grande.
Algo onde eu pudesse colocar toda a sede que a gente tem dessa vida. Tudo detalhadamente mostrado.
Eu não sei quanto tempo eu teria se fosse uma novela. Não gosto da ideia de prazos. E também não saberia dividir em capítulos, me perderia nos dias. Eu precisaria de algo mais.
Eu faria um filme! Desses independentes, sem pretensão alguma, mas que no final rendem prêmios. Só uma ideia na cabeça e uma câmera na mão.
Pro meu roteiro - se é que ele existisse - eu separaria de cada um as melhores feições, as gargalhadas mais gostosas, as frases mais inusitadas. Tudo sonoramente pensado. Pro making off eu separaria a má fase, os dias ruins, aquilo que não deu certo. Porque dessa forma é que são encaradas as coisas que não saem do jeito que a gente imagina. Corta. Começa e faz de novo. Quantas vezes for preciso e sem guardar ressentimentos.
Na nossa trilha todos os sons seriam bem vindos. Apesar de alguns de nós não dançarem conforme a música. Nosso filme talvez não entrasse em cartaz. Não por trazer cenas censuradas, mas por que a censura ainda não é capaz de barrar a inveja. E também (ainda) não protege contra dor de cotovelo.
O figurino? Eu não parei pra pensar no figurino. Mas seria algo entre o mainstream e o underground.
Algo onde eu pudesse colocar toda a sede que a gente tem dessa vida. Tudo detalhadamente mostrado.
Eu não sei quanto tempo eu teria se fosse uma novela. Não gosto da ideia de prazos. E também não saberia dividir em capítulos, me perderia nos dias. Eu precisaria de algo mais.
Eu faria um filme! Desses independentes, sem pretensão alguma, mas que no final rendem prêmios. Só uma ideia na cabeça e uma câmera na mão.
Pro meu roteiro - se é que ele existisse - eu separaria de cada um as melhores feições, as gargalhadas mais gostosas, as frases mais inusitadas. Tudo sonoramente pensado. Pro making off eu separaria a má fase, os dias ruins, aquilo que não deu certo. Porque dessa forma é que são encaradas as coisas que não saem do jeito que a gente imagina. Corta. Começa e faz de novo. Quantas vezes for preciso e sem guardar ressentimentos.
Na nossa trilha todos os sons seriam bem vindos. Apesar de alguns de nós não dançarem conforme a música. Nosso filme talvez não entrasse em cartaz. Não por trazer cenas censuradas, mas por que a censura ainda não é capaz de barrar a inveja. E também (ainda) não protege contra dor de cotovelo.
O figurino? Eu não parei pra pensar no figurino. Mas seria algo entre o mainstream e o underground.
Um filme calmo, com algumas paisagens, porém um filme intenso. Com a duração que cada um quisesse dar.
A cena final seria escrita como a continuação de algo que nunca termina. Num cenário colorido, a alegria da festa atingiria até os mais desacreditados, os carentes de sorriso e até aquelas pessoas que perderam o jeito de como é que se faz.
Com a câmera captando de cima somos cinco abraçados em meio a uma multidão que nos rodeia. O som alto não impedia de ouvir uns soluços emocionados e alguns ruídos que de lá saíam. Nessa hora, o quadro fecha em nós e aquela música se faz tocar. Mesmo que só pra nós.
Permanecemos assim sem querer que chegue a hora de levantar da poltrona, que acendam as luzes e subam os créditos.
E assim ele não se faz.
A cena congela.
Somos um e milhares de pessoas a nos olhar.
A cena final seria escrita como a continuação de algo que nunca termina. Num cenário colorido, a alegria da festa atingiria até os mais desacreditados, os carentes de sorriso e até aquelas pessoas que perderam o jeito de como é que se faz.
Com a câmera captando de cima somos cinco abraçados em meio a uma multidão que nos rodeia. O som alto não impedia de ouvir uns soluços emocionados e alguns ruídos que de lá saíam. Nessa hora, o quadro fecha em nós e aquela música se faz tocar. Mesmo que só pra nós.
Permanecemos assim sem querer que chegue a hora de levantar da poltrona, que acendam as luzes e subam os créditos.
E assim ele não se faz.
A cena congela.
Somos um e milhares de pessoas a nos olhar.