Eu tenho um caso de amor com a Lua.
Já quis uma casa na árvore pra, do alto, ficar mais perto dela. Tipo paixão.
Daquelas de tirar o fôlego.
Também já morei no oitavo andar e fiz o melhor dos seus retratos. Em cores e PB.
Uma inspiração constante.
Que nunca passou.
Me escondi no frio e cinza e achei que nunca mais a veria no meu céu. Tolice!
Me despertou do sono leve costumeiro e fizemos as pazes. Trocamos a sacada pelo frame perfeito da minha janela. Ela sempre soube da minha necessidade em vê-la
Ainda mais em dias de saudades como hoje.
Percebeu meus sinais e veio metade.
Pra me completar.
O problema é que a Lua sempre me traz porquês separados e nunca juntos.
Gramática.
Só a Lua é capaz de unir o que a dor destruiu.
Questiono sem mover meus olhos.
Seguimos o baile olhando o mesmo céu.
Literalmente.
Continuo lutando.
Respiro fundo.
Eu não sei lidar.
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