27.2.13


Vago outra vez, como sempre foi. Só que agora é possível olhar pra trás. 
Diferente. Como algumas coisas.
Não vale a pena enumerar, meu coração, ele jamais suportaria por passar novamente por isso, e de novo, e mais uma outra vez.
Como essas coisas que tem acontecido.
Como essas falas que não se tem cumprido.
Todo mundo precisa de ajuda.
Todo mundo precisa de atenção.
Todo mundo precisa mudar de vida. Todos os dias.
E aí me vem você, assim, de repente, com a sua carta de alforria assinada.
Eu sabia! Mas se eu falo, eu choro. Silencio inquestionável.
E você não pode me ajudar?
Engraçado, eu também preciso de ajuda, mas é isso, você sabe que eu posso me levantar sozinha, não é?
É.
Meu piano me entende. Nele também há acidentes.
Ele há de estancar o sangue da ferida.
Qualquer meia melodia satisfaz um peito cansado.
De levar porrada. No sentido literal.
A natureza com que as coisas acontecem é como o sutil desligar do telefone, como o som de longe do trovão que encaixa com qualquer Si Menor seguido de Sol.
Não, eu não entendi.
E sim, eu vou chorar. Quantas vezes forem preciso.
Não se explica. Já foi. Tá feito.
De tudo sabes, deves saber, portanto que deves ir.
Eu não sei lidar.

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