I
Já soaram as doze badaladas, é o final do tempo e a luz não se fez.
Sozinha, perdidos em pensamentos, sigo sem encontrar ninguém. Tenho vontades, sinto saudades e ando sem um vintém.
Mais meia hora. Até o silêncio se calou.
Fecho os olhos esperando adormecer.
II
Se a beleza da vida acabar é sinal do tempo que agora só é bom de se lembrar. Joguei o chapéu, pendurei a chuteira, daqui só saio para deitar ao pé de uma roseira.
Dormir.
Descançar.
III
E daqui de onde eu vejo o movimento é contínuo.
E eu continuo sem piscar.
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