Eu não tenho ninguem pra chamar de meu, de minha. Pra dar bom dia e contar meu dia.
O caderno que guardaria sonhos futuros, carrega hoje o desabafo dos fantasmas que moram em mim. é verão la fora e sempre inverno aqui dentro. Viver dói. Estar vivo é pesado. Um pecado dizer tudo isso, mas eu só to esperando o coração parar de bater.
Outro dia chorei até dormir. Não sonhei. Pensei ter derretido a dor do meu peito, mas as 4 da manhã encontrei relatos no travesseiro.
Merda! Até quando?
Cansado de discursos repetitivos. Cansado de falsos profetas. O ultimo "eu te amo" prometeu ficar e só aparece quando convém. Obviamente não me favorece. Continuo de coração aberto. Sangrando. Eles sao todos iguais.
Talvez eu não seja daqui.
Ninguem entende a escuridão melhor que eu.
Vivo fingindo.
De sorriso em sorriso carrego uma dor diferente. Eu ja estive aqui.
Parei de dormir.
Daqui um pouco eu esqueço de viver.