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Showing posts from July, 2011

Querido diário

Não existe nada entre a gente, mas o fato de ser todo dia, há alguns anos, faz existir todo o resto. Muitas vezes mais gostoso do que se tivéssemos. Desculpa, eu vou ter que ficar. - Férias de Julho, sábado, frio e garoa. Todo cinza. Lindo!
I Não dá pra falar de amor com quem nunca teve o coração quebrantado Não dá pra falar de paz com quem vive no inferno Não dá pra falar de sonho com quem nunca acordou Não dá pra falar de vida com quem esqueceu de viver. II Mas tudo tem um tempo. Uma hora acontece. Apesar de ainda ser difícil falar de transformação com quem está aprendendo a ler. Não dá pra falar de saudade com quem não conhece a dor Não dá pra falar de morte com quem nunca trombou com ela numa esquina Não dá pra falar de recomeço com quem nunca nem tentou Não dá pra falar de mundo com quem acabou de chegar. III Não dá pra falar de liberdade com quem nunca se jogou Não dá pra falar de felicidade com quem nunca está completo Algumas coisas (ainda) não se fala. Desafie a sua emoção.
Pra essas coisas, não tem jeito. Não é a gente que escolhe. Definitivamente. É como se o coração tivesse vida própria, dezoito anos e uma vida revolta. Insiste no errado. E a gente que sofre as conseqüências de uma aventura adolescente, ou de uma paixão repentina. Não tem graça. E mesmo assim compensa. Compensa porque é de coração. Mais uma vez. E a gente nem liga se não é correspondido. Ainda é bom de sentir. Mesmo que pra um lado só. Ganhamos porque sentimos. É amor.

A outra metade

Tudo pode estar do outro lado e ninguém saber como ir buscar. Mas um dia eu irei te encontrar. Tudo pode ser mais simples do que realmente é, e ninguém acorda antes do sol para limpar a janela da alma. Mas ainda assim, irei te encontrar. Tudo pode ser só uma questão infalível do tempo que se lançou no cinza pra deixar gotas em meio as nuvens. Não falta amor nessa manhã. Falta alguém. A outra metade.

O que não é amor

Não tem nada a ver com amor. É duro, perverso e egocêntrico. Vive sozinho, mas te acha, te molda, te envolve e te suga. Leva jeito, fala bem e sabe levar. Finge que vai, mas volta. Gosta quando dói. Porque não é amor o que é frio, pesado e sem cor.

O amor como vento

É como se tivesse deixado escapar por entre os dedos. Foi esmagado pelo vento que passou. Ventania. É como se tivesse deixado de ser o que sempre foi. Nada. Que vira pó. E vai com o vento. Com ventania. Mas é como se fosse novo todo dia. Vai e volta. E nunca pára no mesmo lugar. Uma bagunça. Que você não sabe (mais) controlar. Perdeu o controle. Como numa ventania. Às vezes demora pra chegar. Tem gente que sente falta. Tem gente que tem medo. Tem gente que se esconde que é pra nem se aproximar. E tem gente que pára o mundo pra ver chegar. A ventania. Mas algumas folhas ficam pelo chão. Como quem fica pra trás. Vagando. Esperando de novo acontecer. Pra se entregar. Se envolver. Deixar levar pra onde for o vento. Porque é mágico sentir força, se encontrar, fechar os olhos e sentir o vento. Só sentir. Se muito forte sai lágrimas dos olhos. E você ainda ri. Uma aventura pelos ares. Surreal. Como ventanias. Mas agora já falo de amor.

Seu Inácio

Seu Inácio era um homem que sabia das coisas. No auge dos seus 88 anos, ainda tinha forças para vender histórias de amor. Inusitado. Espere até ouvir a primeira. No segundo parágrafo já se espera desenfreadamente pelo final. Alguns impressionam, todos fazem chorar. Seu Inácio diz que em alguns % dos casos , mesmo sendo amor, eles não acontecem. O de mais alto risco, uma vez que ligado diretamente com a imaginação que, tentadoramente, não falha. Só obedece. Sem limites.

Resumo triste

Sabe, é exatamente isso que me cansa. A gente desiste. É "não agüento mais" pra todo lado. Mas aí vai um mês, dois e essa cosquinha querendo chegar. Aí eu te procuro. A gente briga. E desiste outra vez.

Complexo e real

Hoje eu consegui olhar além do horizonte. A sensação é a mesma de quando se encaixa a última peça de um quebra-cabeça que foi começado há anos. Alguém te alcança, sem dizer nada, e simplesmente te dá de presente. Foi enviado por alguém Eu só vi Deus. E hoje eu consegui enxergar o horizonte. Tá mais claro. Mais nítido. Mais perto. Quase dá pra estender a mão. E vocês voltaram. Resgatamos a vida que existia no nós. Entregamos nossas almas para o amor. E se é amor, o que sei que é, durará para sempre. A visão ainda é turva, mas é só neblina. Quase dá pra ver alguma coisa. Dá pra caminhar. E assim vem sendo. Um dia de cada vez. No seu tempo. Meio sem entender. Meio que gostando. Este é o meu mundo. Tava faltando vocês. Aqui todo mundo é igual. Vai ser bom ver daqui. Os outros que vierem se acostumarão. Faz dois dias que eu tô parada na frente do espelho tentando achar o porque desse sorriso incansável que tá na minha cara. Eu chorei. Chorei muito. Gargalhei. Eles se confundiam. E eu via c...