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Showing posts from April, 2010

A Noite Passada

Queria uma casa no alto pra ficar mais perto da lua. Esse lugar é meu refúgio onde posso encontrar toda a beleza desse mundo e do lado quem eu possa confiar.

Um de nós

Ele - Eu não aguento mais. Preciso de ajuda. Será que alguém em sã consciencia é capaz de sentir o que estou sentindo? Alguém já passou por isso? Isso o que? - me perguntaram. E sem pensar com os olhos fixos ao chão eu respondi: Isso que acabou. Acabou! Pra um do nós nada mais faz sentido. Não preciso dizer que não foi o meu eu. Ainda que destruído. Prefiro a morte, me enterre de vez, misture um veneno e me deixe que morra no pé desta mesa. Seria bem melhor assim. Mas espere. Não deixe que tal notícia a aborreça. Jamais suportei vê-la chorar. Se ainda há algum carinho, não quero saber de respeito, se ainda há algum carinho por mim eu sei que ela vai chorar. E por isso ontem, arrependido, chorei ao pensar no que passaria pela cabeça dela ao saber que foram sete. Três garrafas e cinco garotas. Pra que, eu me pergunto. Cinco e nenhuma aos seus pés. "Nojo" e me mandaria embora pela segunda vez. Três garrafas e eu só consigo lembrar da besteira que eu fiz a mim mesmo. Ela tem razã...

O que chamo de amor

Pudera eu extornar o que sinto e falar-te do meu amor. Não pela necessidade de revelar que és o mais belo, e sim porque és, com toda a certeza, o mais puro. Longe de um amor possessivo. Perto de um amor maduro. Desses que se sente quando parte da vida são saudades e boas recordações. Ainda que enquanto semente lhe foi plantado tão jovem. Nasceu em você que escolheu a mim. Falo de um amor com sede adolescente, um amor que não enjoa, porque foste tu que me ensinaste a amar vagarosamente. Um amor que não cega, que não te deixa sem chão, mas completamente capaz de te levar às estrelas. Que vem e vai e, como uma doença, penetra na carne sem nada sentir. Dia após dias sem perceber, vicioso e só quando sentires saberás que já é tarde demais; perceberás que estás tomado. Por completo. Tanto tempo depois ainda te amo como me ensinastes. Com cuidado, dosadamente para não cair numa rotina, para não passarmos do limite e chegarmos ao ponto de acordar no dia seguinte querendo sumir. O que eu chamo...

11 de abril

O dia tá estranho. Não faz frio nem calor. Em dia de descanso, sair cedo da cama é quase um crime. Algo me tira o sono. O drink da noite passada ou alguém que fala mais alto no corredor. Não sinto fome, mas desejo algo pra tirar o gosto amargo da boca. O gosto amargo que você deixou. Solidão. Vertigem. Bobagem. Nada na tv me distrai, talvez seja a hora de me juntar a todos os outros. Agora já sopra um vento mais frio. A coberta aquece o corpo gelado e a mente cansada. Mais um 11 de abril.

O hoje

(Abril de 2010) Foi difícil. Precisei de quase quatro anos para começar a usar a palavra conformismo. "Me conformei" - agora que já passa das duas da manhã. Se me perguntassem pouco tempo atrás, conformar era fugir, me entregar, me render a mentiras e meias verdades. Conformar era desistir. Hoje, quase quatro anos depois, sinto-me leve ao dizer em bom tom tal frase. Dessas que a gente diz se olhando no espelho. Sem volta. Sem erro. Sem medo. Já não me surge aquele efeito de desespero ao lembrar que não dá mesmo pra fazer parte da sua vida. Tão longe do aqui perto. Olhando distante, assumo a tolice de um dia ter acreditado quea culpa realmente não era minha, e mais, que nada tinha de errado por ali, que era algo pequeno, entre nós. Pobre de mim acreditar que você resolveu buscar quem eu sou em quem não sabe nada de mim. Duvidei de você. Logo você que confiou sua vida à mim. Sinto pena de minh'alma e soa como um fato vergonhoso que precisei de tanto tempo assim. Logo eu qu...

O ontem...

(Setembro de 2007) Pra onde foi toda aquela doçura que você mostrava ao falar? Em que labirinto se perdeu todas aquelas palavras de carinho? Há quantas milhas você se fez distante de mim? Calma. Não adianta abaixar a cabeça e fingir que nada aconteceu. Fechar os olhos e fingir não me ver. É difícil, eu sei. Imagino o esforço que tem de ser feito pra se mostrar tão forte na frente dos outros quando a sua vontade é me encarar, me olhar nos olhos e, sem dizer nada, deixar que um abraço conserte o estrago feito por duas crianças que não souberam brincar. Imagino também, como deve ser difícil deixar esse orgulho de lado e dizer que sente saudades. Que quando escuta essa ou aquela canção ainda ri das coreografias imitadas e que ainda é capaz de lembrar como se fosse ontem. Como era bom viver nas ilusões, na vida que nós inventávamos. O mundo podia ser do jeito em que a gente quisesse, bastava só fechar os olhos. Em que lugar se escondeu aquele sorriso que só você sabia dar? O que acontec...