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Showing posts from April, 2009

um conto em cinco

Foi um rebuliço na favela quando Daltinho chegou de mão dada com a bonitona da rua Debaixo. Daltinho era menino bom, trabalhador, titular do Favelinha Futebol Clube. Fazia os "corre" do seu jeito, sem dar bandeira e corria à boca grande que os demais tinham inveja das mulatas que ele pegava. Menino levado, moleque do samba, atrevido. Seu negócio era mulher sem compromisso. - Que é que deu nele, ein? - Tá apaixonado. - Apaixonado? E ele lá é homem de falar de amor? Agora me aparece de mão dada com gentinha de fora. Deixa ele vir bater na porta de casa essa noite que eu lhe boto pra correr. Iracema, como tantas outras, era apaixonada por Daltinho. Por morar perto era caso fixo no fim de noite, feriado ou de manhã bem cedinho.. Iracema sabia das outras, não se importava, mas no fundo esperava por um sentimento de Daltinho que nunca veio. Na favela o comentário era geral. No bar os amigos contavam pra quem quisesse ouvir que Daltinho há dias não aparecia por lá. Não se via mulhe...
Não importa como é chamada, que estilo tem, que rótulo carrega. Te emociona, te arrepia, faz parte da tua vida. Isso é música. http://www.youtube.com/watch?v=2QtWpeIuOi0

Igual a você

Existe alguém igual a você que me persegue. me sangue me suga. Existe alguém igual a você que não me deixa esquecer insiste, aparece sem nada a dizer. Existe alguém igual a você que não é real. Existe alguém igual a você que só quando eu saio de mim é que ela vem. II eu sonhei com você essa noite. avisa aos desavisados que isso tem nome: saudade. eu já ando berrando por aí. e não vou desistir até te fazer escutar. pode apostar .
e depois do show na tv, ela, sorrindo, diz: - só faltou você querer ter uma banda de rock! Do resto você quis tudo... eu pensei e não pude evitar. seriamente lhe respondi: - eu ainda quero, mãe. http://www.youtube.com/watch?v=iu7qpOPqS9Q

Casa de praia

Deve ser verdade quando dizem ser aconchegante ter uma casa na praia. Morando nela é possível sentar em frente ao mar e, sozinho, ouvir o que o silêncio tem a lhe falar. Olhando o ir e vir das ondas, nota-se que são como as coisas da vida. E acredita-se que uma hora pode transbordar. Na praia não moro, casa de praia não tenho. Conheço poucas delas, mas ainda tenho tempo para descobrir quantas cores o mar é capaz de ter.

Como 2 e 2

Tudo certo num lugar onde nada pode dar errado. Mas algo saiu errado nesse lugar que tudo é para dar certo. Ou não, nós é que estávamos errados. Tudo estava certo. De longe só mais uns. Passando batido. Rotina. Montagem. Tudo (e todos) no seu devido lugar. Começa em 5,6,7,8. A contagem seguia e eu não queria que parasse. E se desse jeito, que fosse mais devagar. Pra não cansar. Pro tempo não passar. Mas passou. E não pra mim. Ainda dá tempo de rever em câmera lenta os sorrisos, as gargalhadas, os foras, alguns tropeços, a emoção. Aí, eu descobri que não foi só a hora que não passou pra mim. O mundo é que se rendeu. Tirou milhares de pessoas de circulação pra fazer acontecer de perto o que antes atendia por inalcançável. Nós. Acumplicidade explítica no olhar, o riso incontido. Mágico e nada mais saiu errado. Não ali. Não pra mim. Eles não entenderiam. Indescritível. E se felicidade são momentos, mais uma vez eu fui feliz ao teu lado, seguindo teus passos. "tudo certo como 2 e 2......
diz quem foi o errado, esqueço o meu passado e vou correndo pros teus braços. como um qualquer namorado, eu vou.